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Sertão

Salgueiro: operação Ostentação mira esquema interestadual de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Grupo contava com distribuidores regionais, operadores financeiros, laranjas e até com internos do sistema penitenciário estadual

Suspeitos operavam de forma articulada e hierarquizadaSuspeitos operavam de forma articulada e hierarquizada - Foto: PF/Divulgação

Uma organização criminosa especializada em tráfico de entorpecentes, lavagem de dinheiro e descaminho é alvo da operação "Ostentação", da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (2), em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco.

Segundo a corporação, o grupo é investigado desde 2023 por esquema interestadual de tráfico de drogas, além de lavagem de dinheiro por meio de atividades comerciais e empresariais aparentemente lícitas, como bares, boates, distribuidoras de bebidas e transporte.

Ainda segundo a PF, os suspeitos operavam de forma articulada e hierarquizada, contando com distribuidores regionais, operadores financeiros, laranjas e até com internos do sistema penitenciário estadual.

"Em sua maioria, o entorpecente distribuído pelo grupo investigado era transportado em pequenas quantidades, porém com frequência elevada, como forma de dificultar a identificação e repressão pelas forças de segurança do Estado", afirmou a PF.

A base do grupo era em Salgueiro, mas a atuação criminosa se estendia no Sertão de Pernambuco e em outros estados. Durante a operação, estão sendo cumpridos 28 ordens judiciais, expedidas pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca de Salgueiro.

Das 28 ordens judiciais, 19 são mandados de busca e apreensão e as outas nove são mandados de prisão preventiva, em endereços localizados nas cidades de Salgueiro/PE, Araripina/PE, Petrolina/PE, São Paulo/SP e Santo André/SP.

Ao todo, 78 policias federais atuam na ação, que busca reunir elementos que corroborem o conjunto de provas já levantadas nos autos da investigação e prender os principais responsáveis pelas práticas criminosas.

Em São Paulo, a atuação das equipes da Polícia Federal contou com o apoio da Polícia Militar, por meio de efetivo disponibilizado pela Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

Os crimes investigados são de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, porte e posse ilegal de arma de fogo  e descaminho, cujas penas máximas, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão.

Segundo a PF, o nome da operação, "Ostentação", faz alusão ao estilo de vida financeira dos integrantes da organização criminosa investigada. Joias, armas, munições e drogas foram apreendidos.

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