Samu Recife registra 90 dias de queda nos chamados a casos suspeitos de Covid-19
Com a redução da demanda, será possível desativar a operação especial montada para a pandemia, como as ambulâncias adicionais e os contratos temporários
A Prefeitura do Recife registrou 90 dias de redução dos números de chamados do Samu Metropolitano do Recife em decorrência da Covid-19. Os dados foram anunciados pelo prefeito Geraldo Julio na manhã desta sexta-feira (7), quando o gestor afirmou que a redução da demanda de forma consolidada permitirá a desativação da operação especial montada para a pandemia, como as ambulâncias adicionais e também os contratos temporários. A partir do dia 15, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) voltará à sua condição normal de atendimento. Desde o socorro à primeira paciente com suspeita de Covid, no fim de fevereiro, até esta sexta-feira (07), o Samu Recife registrou 9.692 chamados por causas respiratórias, que geraram 4.461 atendimentos a pessoas com suspeita de Covid-19.
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“O Recife chegou a 90 dias de redução dos acionamentos do Samu para casos suspeitos da Covid. Com isso, vamos poder desativar a operação especial, com ambulâncias adicionais e contratos temporários que foram feitos para atendimento no pico da pandemia. A partir do próximo dia 15, o Samu volta a ter a sua condição original de atendimento. Esse resultado só foi possível graças ao isolamento social que foi feito pelos recifenses, inclusive do lockdown que aconteceu no mês de maio, e por conta da prevenção, com o uso da máscara, limpeza das mãos e distanciamento social, que precisam continuar”, lembrou o prefeito Geraldo Julio.
No dia 04 de maio, o Samu Metropolitano do Recife chegou a receber 193 chamados para casos suspeitos da Covid-19, permanecendo acima de 150 ligações do tipo até meados de maio, quando os números começaram a cair justamente no período da quarentena mais rígida. O envio de ambulâncias para casos suspeitos de Covid também seguiu o mesmo fluxo, tendo seus números mais altos entre os dias 04 e 13 de maio, chegando a 80 envios de ambulâncias para atendimento por causas respiratórias no dia 13. Os indicadores começaram a cair na época do lockdown e hoje variam de 15 a 25 ambulâncias enviadas diariamente para socorro a pacientes com suspeita de Covid.
Segundo os dados da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, o envio de ambulâncias do Samu acompanha o crescimento e a desaceleração da curva epidêmica. Em março, foram enviadas 403 ambulâncias para socorro a pacientes com sintomas respiratórios, 935 em abril, 1.673 em maio, 778 em junho e julho fechou com 544 envio de ambulâncias. A queda de maio para julho é de 67%.
O Samu tornou-se a porta de entrada para pacientes com sintomas respiratórios, bem como o responsável pelo transporte entre as unidades que fazem o primeiro atendimento, como as emergências das policlínicas, UPAs e os hospitais de referência para enfrentamento à Covid-19. Para dar conta do aumento de demandas durante a pandemia, a Secretaria de Saúde do Recife reforçou o quadro de profissionais do Samu 192, com mais de 200 novos contratados emergencialmente, saltando de 600 para 800 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores socorristas e quadro administrativo. O Samu Recife ainda lançou mão de plantões extraordinários para ampliação do serviço e implantação de novas atividades. Os plantões extras já não vêm sendo necessários desde meados de julho.
A frota de veículos do Samu 192 também foi expandida, contando atualmente com 30 ambulâncias para atender as ocorrências no Recife, das quais 24 são Unidades de Suporte Básico e seis são Unidades de Suporte Avançado (UTIs móveis). Agora, será possível desativar essa operação especial montada pra pandemia e, a partir do próximo dia 15, o Samu Recife volta a circular com 23 ambulâncias - 19 unidades básicas e quatro UTIs móveis.