COP26

Primeiro-ministro espanhol defende reconquistar confiança entre os países do norte e sul

Pedro Sánchez pediu que se respeite o compromisso dos países desenvolvidos de fornecer financiamento maciço aos países em desenvolvimento

Primeiro-ministro espanhol, Pedro SánchezPrimeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez - Foto: Yves Herman/ Pool / AFP

A conferência do clima de Glasgow deve permitir "recuperar a confiança" entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, defendeu o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, nesta segunda-feira (1), pedindo que se respeite o compromisso do primeiro de fornecer financiamento maciço ao segundo.

Por décadas, os países desfavorecidos têm pedido ajuda para mitigar ou se adaptar às consequências das mudanças climáticas que os afetam.

Mas os países ricos, que em 2009 prometeram contribuir com 100 bilhões de dólares por ano para esse fim, ainda não o fazem, embora já devessem ter pago essa quantia em 2020.

“Devemos apoiar os objetivos com recursos”, defendeu Sánchez, cujo país sediou a última cúpula do clima da ONU em 2019, diante dos mais de 120 líderes mundiais reunidos na cidade escocesa para a COP26.

“Por isso, cumprir a meta de 100 bilhões de dólares será uma das provas de fogo da COP26 para recuperar a confiança entre os países do norte e do sul”, acrescentou.

Nesse sentido, seu país se comprometeu a aumentar o financiamento climático em 50% em relação ao seu compromisso atual, atingindo 1.35 bilhão de euros por ano a partir de 2025.

A Espanha também vai alocar 20% de seus direitos de saque especiais dentro do FMI para países vulneráveis, um mínimo de 350 milhões de euros, anunciou.

“A transição ecológica deve ser justa”, disse Sánchez, argumentando que os países deveriam percebê-la “não como uma ameaça, mas como uma imensa oportunidade para um crescimento econômico inclusivo”.

Em nível nacional, seu governo destinará quase 30 bilhões de euros nos próximos três anos para a transição ecológica, disse ele.

E apelou aos seus homólogos para que trabalhem juntos em Glasgow “para que esta COP represente um ponto de virada que promova a verdadeira mudança de rumo do planeta através de uma ação solidária, contundente e urgente, uma ação que feche as brechas das desigualdades”.

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