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Santarém, palco de milagre eucarístico em Portugal

Cidade lusitana foi um dos pontos visitados pela Comunidade Obra de Maria, durante Congresso Internacional no país

Santarém, em Portugal Santarém, em Portugal  - Foto: William Tavares/ Folha de Pernambuco

SANTARÉM (PORTUGAL) - Um lugar santo desde a concepção do nome. Centro de um milagre eucarístico, Santarém, em Portugal, é uma cidade em que, como os peregrinos católicos gostam de ressaltar, promove muito mais do que turismo: é um encontro com Deus.  

A Folha de Pernambuco visitou o local junto com brasileiros que viajaram para acompanhar os congressos internacionais em Lourdes (França) e Fátima (Portugal), promovidos pela Comunidade Obra de Maria e com apoio da Canção Nova.

Os peregrinos tiveram a oportunidade também de acompanhar uma missa no Santuário do Santíssimo Milagre, em Santarém. 

Santuário do Santíssimo Milagre, em Santarém. Foto: William Tavares/ Folha de Pernambuco. 

Origem

Há uma lenda de que uma mulher chamada Irene, que pretendia se tornar freira, foi brutalmente raptada e assassinada por um homem que não aceitava o fato dela não querer ter relações com ele.

O assassino jogou o corpo da jovem no rio Tejo, sendo encontrado próximo à cidade de Escalabis.

Após a morte, anjos recolheram o corpo da jovem, construindo um túmulo de mármore em homenagem à Irene.

Pessoas de diversas partes do mundo visitam o local para venerar a virgem mártir, o que fez a cidade passar a ser chamada de Santa Irene, virando posteriormente Santarém.

Milagre

Há uma divergência se foi em 1247 ou 1266, mas esse é apenas um mero detalhe para os fieis que conhecem a história do “milagre eucarístico” em Santarém.

Há quase 800 anos, uma mulher, que tinha muito ciúme do marido (alguns registros citam adultério por parte do homem) procurou uma bruxa para fazer um feitiço para reconquistar o amor do parceiro .

A feiticeira disse que, para ajudá-la, era preciso a jovem roubar uma hóstia consagrada. A esposa invadiu uma igreja e roubou a representação do corpo de Cristo, escondendo em um pano de linho que logo se manchou de sangue.

Ao perceber que o sangue jorrava da hóstia, a esposa contou ao marido e levou a relíquia para o pároco da cidade, que a transportou em solene procissão para a Igreja de Santo Estêvão, onde está até hoje.

A hóstia destilou sangue por outras ocasiões ao longo do século, mostrando imagens de Jesus.

Todos os anos, no segundo domingo de abril, a relíquia é levada em procissão da antiga residência do casal (hoje uma capela) até a igreja.

*O repórter viajou a convite da Obra de Maria e Canção Nova.

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