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São Paulo começará aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em maiores de 80 anos

Até então, aplicação era destinada apenas a pessoas imunossuprimidas; para receber quarta dose será necessário intervalo de quatro meses da terceira

Vacinação idososVacinação idosos - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O governo de São Paulo começará a aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas com mais de 80 anos a partir de segunda-feira (21). Até então, a imunização com a quarta dose no estado valia apenas para pessoas imunossuprimidas, quer dizer, com alguma baixa no sistema imunológico.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) pelo governador João Doria, em coletiva de imprensa no jardim do Palácio dos Bandeirantes, sem o uso de máscara. O fim da obrigatoriedade do item de proteção ao ar livre foi anunciado na semana passada.

Segundo Doria, nessa nova etapa da campanha de imunização de idosos serão adotados todos os imunizantes disponíveis aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen.

O grupo elegível para essa fase de imunização é estimado em cerca de 900 mil pessoas no estado. Mas, para receber a quarta dose, é necessário um intervalo mínimo de quatro meses desde a última aplicação.

"Com a Ômicron vimos infelizmente um aumento da orbimortalidade desse grupo, por isso a vacina é essencial", diz Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI).

Segundo ela, essa campanha pode ser ampliada para pessoas acima de 60 anos, mas ainda não há cronograma definido para essa faixa etária.
 

O estado de São Paulo tem hoje 99,1% da população vacinada com uma dose, e 90,1% da população elegível (acima de 5 anos) com esquema vacinal completo. Desde o início da campanha, foram aplicadas quase 102 milhões de doses.

"Temos na população de 20 a 24 anos cobertura completa de 90%. E de toda a população acima de 5 anos, 102 milhões de doses, com 90% da população elegível vacinada, que é a meta definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde", afirma Regiane.

Segundo o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, nas últimas seis semanas houve uma queda de 77% das internações por Covid em São Paulo.

"Passando o pico de internações pela variante Ômicron, em 29 de janeiro, com 11.500 pessoas internadas, passamos agora nesta semana a 2.600 pessoas internadas, entre enfermarias e UTIs", conta Gorinchteyn.

"É um número bastante baixo, lembrando que no pico da segunda onda, onde tivemos um impacto de mortalidade muito grande, tivemos 13.050 pessoas internadas apenas em UTIs. Eram mais de 32 mil pessoas internadas em enfermarias e UTIs naquela época".

Segundo o secretário da Saúde, a ocupação atual de leitos de UTI no estado é de 31%, e de 31,9% na Grande São Paulo.

Houve ainda um aumento de quase 42% de casos na última semana. De acordo com Gorinchteyn, porém, a alta se deve a uma subnotificação de dados na semana do carnaval, o que levou aos casos a serem represados.

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