Logo Folha de Pernambuco

Coronavírus

Saúde deve comprar CoronaVac para crianças e adolescentes se aprovada pela Anvisa, diz Queiroga

Anvisa deve deliberar sobre a autorização neste mês. Pedido inclui público de 3 a 17 anos

CoronavacCoronavac - Foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (17) que a pasta deve comprar CoronaVac para crianças e jovens de 3 a 17 anos. Contudo, a disponibilidade das doses está condicionada à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão deve sair ainda neste mês.

Segundo o Instituto Butantan, já há 12 milhões de doses de CoronaVac prontas, à disposição do governo. Não há diferenciação entre as doses para crianças e para adultos.

"Uma vez havendo a aprovação da Anvisa, como de costume, o ministério vai usar o inteiro teor dessa aprovação para que essa ou qualquer outra vacina que seja aprovada para qualquer faixa etária seja disponibilizada para a população brasileira", afirmou à CNN.

Quando perguntado se há possibilidade de uso de outra vacina no público infantil, Queiroga jogou a responsabilidade para a Anvisa, A resposta vem no aniversário de um ano de vacinação contra a Covid-19 no Brasil e em meio à escalada na crise entre a agência, o governo federal e o Ministério da Saúde.

"As vacinas precisam ser aprovadas pela Anvisa. No mundo todo, se aplicam as vacinas de vírus inativado, mas elas não foram aprovadas no Brasil. A Anvisa faz parte de um rol de agências que tem um patamar de exigência de mais segurança nas suas análises e essas análises são feitas, como, por exemplo, na Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), no FDA (Food and Drugs Administration) e essas agências que têm esse tipo de análise qualificada só aprovaram uma vacina para crianças nessa faixa etária", declarou o ministro.

Até o momento, o único imunizante aprovado para crianças e jovens no Brasil é o da Pfizer, liberada a partir dos 5 anos de idade. O ministério deve receber 4,3 milhões de doses em janeiro. Ao todo, 20 milhões já foram contratadas, o suficiente para aplicar apenas a primeira dose no público dessa faixa etária.

Queiroga voltou a defender a volta às aulas presenciais, dessa vez sem condicionar à vacinação infantil contra a Covid-19. Para o ministro, a manutenção do ensino remoto pode prejudicar o aprendizado das crianças.

"Já prejudicaram as nossas crianças em 2020, prejudicaram novamente em 2021. Será que querem prejudicar novamente (em 2022, sem aulas presenciais)? A OMS não recomenda vacina como condição para aula. A Unicef (vai) no mesmo sentido). A ONU, no mesmo sentido. As vacinas, segundo a recomendação do Ministério da Saúde, não são obrigatórias. Então, é desarrazoado se associar vacinação com aulas. As aulas devem acontecer".

Não é a primeira vez que Queiroga dá esse tipo de declaração. Em junho, argumentou que os professores deveriam retornar às salas de aulas só com a primeira dose.

Veja também

Anatel apura fraude na obtenção de celular usado para planejar golpe
fraude

Anatel apura fraude na obtenção de celular usado para planejar golpe

"Desaparecimento" de famoso escritor franco-argelino gera preocupação na França
França

"Desaparecimento" de famoso escritor franco-argelino gera preocupação na França

Newsletter