Secas custam mais US$ 300 bilhões por ano, alerta ONU
Em 2024, que deve ser o ano mais quente já registrado, as secas tiveram efeitos devastadores no Equador, Brasil, Namíbia, Malauí e na bacia do Mediterrâneo
As secas custam mais de 300 bilhões de dólares (1,8 trilhão de reais) por ano em todo o mundo, alertou a ONU nesta terça-feira (3) em um relatório apresentado no segundo dia da COP16 sobre a desertificação.
O relatório alerta que as secas alimentadas pela "destruição humana do meio ambiente" afetarão 75% da população mundial em 2050.
O custo da crise é de 307 bilhões de dólares por ano em todo o mundo, afirma a Organização das Nações Unidas.
Para reverter a situação, a ONU pede investimentos urgentes em "soluções baseadas na natureza", como "o reflorestamento, a gestão de pastagens e a administração, restauração e conservação de bacias hidrográficas" para reduzir as perdas e beneficiar o meio ambiente.
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Em 2024, que deve ser o ano mais quente já registrado, as secas tiveram efeitos devastadores no Equador, Brasil, Namíbia, Malauí e na bacia do Mediterrâneo.
"O custo econômico da seca vai além das perdas agrícolas imediatas. Afeta toda a cadeia de suprimentos, reduz o PIB, tem impacto sobre os meios de subsistência e leva à fome, desemprego, migração. Representa desafios de segurança humana a longo prazo", afirma Kaveh Madani, coautor do relatório.
"Gerenciar nossa terra e nosso recursos e hídricos de forma sustentável é essencial para estimular o crescimento econômico e reforçar a resistência das comunidades presas em ciclos de seca", disse Andrea Meza Murillo, vice-secretária executiva da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).
A publicação do relatório coincide com a 16ª reunião da UNCCD, que prosseguirá até 13 de dezembro em Riad para buscar medidas de proteção e restauração da terra e respostas para as secas.