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Secretaria de Saúde de Pernambuco antecipa Plano de Contingência das Arboviroses para 2024

Ações educativas começarão por Olinda, Goiana e Pesqueira, na Aldeia do Povo Xukuru

Diretor geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, Eduardo BezerraDiretor geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, Eduardo Bezerra - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

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O Plano de Contingência das Arboviroses para 2024 foi lançado com antecedência, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), na manhã desta terça-feira (21). A divulgação das estratégias de enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti foi adiantada para evitar contratempos no enfrentamento ao mosquito e superlotações nas unidades hospitalares para o ano que vem.

As variações na temperatura provocadas pelo fenômeno El Niño fazem com que a população acumule muita água, o que é suficiente para proliferação do causador da dengue, zika e chikungunya. Esses espaços onde o líquido fica parado servem de "criatório de luxo".

O plano vai mobilizar as 184 cidades pernambucanas e o Arquipélago de Fernando de Noronha para ação conjunta voltada para o Dia Nacional de Combate à Dengue, celebrado no último domingo (19). Durante esta semana, serão realizadas ações educativas em três municípios. São eles: Olinda, Goiana e Pesqueira, na Aldeia do Povo Xukuru. O diretor-geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador, Eduardo Bezerra, explica o porquê desse início nesses locais.

"São os municípios que já tinham atividades programas e equipes prontas para que pudéssemos espalhar todo o material de conscientização. Como a gente tem agora esse plano de trabalhar com as comunidades convencionas, vamos fazer também na Aldeia do Povo Xukuru", explicou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O plano é baseado nos protocolos do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e foi atualizado em forma da situação local dos sorotipos. O documento que forma o combate ao mosquito e às doenças é constituído por um conjunto de ações, com trabalhos que serão desencadeados ou intensificados para o enfrentamento desses males nos municípios pernambucanos, com base analítica dos perfis epidemiológico e entomológico das arboviroses do Estado e a organização da rede de atenção à saúde para atendimento desses casos.

"Essa cartilha é colocada em prática através da sensibilização e preparação da Rede Estadual de Saúde. Então, se houver uma epidemia, logo a gente vai saber o que fazer, quantos leitos teremos disponíveis para mobilizar, qual a estrutura que o Lacen [Laboratório Central de Pernambuco] tem que ter e como poderemos trabalhar com isso. A preparação dos municípios também é de suma importância. Vamos fazer trabalhos preventivos e promotivos, para que as pessoas se preparem para uma possível epidemia que pode sobrecarregar as redes de saúde", complementou.

Dados
Até o dia 11 de novembro, quando é marcada a Semana Epidemiológica 45, foram confirmados em Pernambuco 2.876 casos de dengue e 773 de chikungunya. Até o momento, não foram confirmadas incidências de zika. O atual panorama epidemiológico para as arboviroses, especialmente a dengue, é de estabilidade com baixo número de notificações. Vale salientar, inclusive, que o pico de casos das arboviroses em Pernambuco vai de março a julho.

Como funciona o contágio?
A dengue pode ser transmitida em sequência, por meio da fêmea do Aedes Aegypti, que picou alguém infectado com um dos quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). No Estado, nos últimos anos, já foi registrada circulação desses quatro sorotipos, o que pode ser um perigo para pessoas com baixa imunidade.

Normalmente, a primeira manifestação sintomática da doença é um quadro de febre alta, acima dos 38ºC, que se inicia de forma abrupta, com duração de dois a sete dias. A pessoa que foi infectada pode apresentar ainda dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

O tratamento é focado nos sintomas, pois não existem medicações específicas para a doença. Por isso que é extremamente importante que a população necessitada busque um serviço de saúde já no início dos sintomas.

Cuidados para prevenir proliferação do Aedes Aegypti

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