Meio ambiente

Secretário-geral da ONU afirma que mundo enfrenta "emergência" nos oceanos

A conferência da ONU sobre os oceanos reúne durante cinco dias milhares de representantes de governos, empresas, instituições científicas e ONGs em busca de soluções

Ativistas ambientais, em Portugal, com placas com os dizeres Ativistas ambientais, em Portugal, com placas com os dizeres  - Foto: Carlos Costa / AFP

O mundo enfrenta uma "emergência" nos oceanos que ameaça a natureza e a humanidade, afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, no início de uma importante conferência da organização em Lisboa.

"Hoje enfrentamos o que eu chamaria de uma emergência nos oceanos", declarou no início da plenária. "Temos que mudar de rumo", acrescentou. 

Organizada de maneira conjunta por Portugal e Quênia, a conferência da ONU sobre os oceanos - prevista a princípio para abril de 2020 e adiada devido à pandemia de Covid-19 - reúne durante cinco dias milhares de representantes de governos, empresas, instituições científicas e ONGs em busca de soluções.

Calculados em 35 bilhões de dólares, os subsídios que estimulam a pesca excessiva serão criticados em Lisboa, apesar dos primeiros passos dados na semana passada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para uma proibição parcial.

Ao mesmo tempo, a acidificação dos oceanos provocada pelo CO2 e as ondas de calor no mar, que podem durar vários meses, continuam mantando os recifes de corais, dos quais dependem 25% da vida no mar e quase 250 milhões de pessoas

Com propostas que vão da reciclagem à proibição total das sacolas de plásticos, este tipo de poluição também estará na agenda da conferência, com o objetivo de reverter as tendências atuais de que até 2050 os oceanos terão tantos plásticos quanto peixes.

Dos navio-fábrica asiáticos que navegam em alto mar aos barcos de pesca artesanal que navegam no litoral dos trópicos, a questão de saber como avançar para uma pesca sustentável será outro tema de debate em Lisboa.

A conferência poderá permitir estabelecer que a produção da pesca em mar aberto, em queda desde a década de 1990, está sendo superada pela da aquicultura, com quase 100 milhões de toneladas anuais procedentes de cada uma delas.

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