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Secretário-geral da ONU pede apoio internacional para a Somália

A ONU fez um apelo para arrecadar 2,6 bilhões de dólares (cerca de 13,2 bilhões de reais) em ajuda humanitária

Secretário-geral da ONU pede apoio internacional para a SomáliaSecretário-geral da ONU pede apoio internacional para a Somália - Foto: Hassan Ali Elmi / AFP

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta terça-feira (11) um "grande apoio internacional" para a Somália durante uma visita ao país africano, que é vítima de uma rebelião islâmica e de uma seca histórica.

"Estou aqui para soar o alarme sobre a necessidade de grande apoio internacional", disse Guterres, que citou os problemas humanitários e de segurança a Somália enfrenta.

Assim como os vizinhos Quênia e Etiópia, a Somália enfrenta há vários anos grave seca, que dizimou plantações e o gado. Ao menos 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas para procurar água e alimentos.

A ONU fez um apelo para arrecadar 2,6 bilhões de dólares (cerca de 13,2 bilhões de reais) em ajuda humanitária para a Somália.

"Peço aos doadores e à comunidade internacional que aumentem o apoio para financiar em caráter de emergência o plano de resposta humanitária de 2023, que até o momento foi financiado em apenas 15%", afirmou o secretário-geral.

Metade da população do país precisará de ajuda humanitária este ano, com 8,3 milhões de pessoas afetadas pela seca, de acordo com as Nações Unidas.

Ao comentar a situação de segurança, Guterres destacou que conversou com o presidente Hassan Sheikh Mohamud sobre os "esforços do governo para lutar contra o terrorismo e promover a paz e a segurança".

A Somália, um dos países mais pobres do planeta, enfrenta há mais de 15 anos uma insurreição de radicais islâmicos shebab, grupo vinculado à Al-Qaeda.

Hassan Sheikh Mohamud, que retornou ao poder em maio de 2022, prometeu no ano passado aos radicais islâmicos uma "guerra total" e enviou tropas em setembro para apoiar uma insurreição anti-shebab, iniciada por milícias de clãs locais no centro do país.

Guterres, que desembarcou nesta terça-feira em Mogadíscio para uma rápida "visita de solidariedade", deve se reunir com líderes políticos e visitar um campo de deslocados, segundo a imprensa local.

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