Segunda dose da vacina anticovid-19 da Moderna pode ser aplicada até seis semanas
Especialistas recomendam a administração de duas doses da vacina da Moderna com um intervalo de 28 dias, podendo ser encurtado em casos excepcionais
A segunda dose da vacina contra a covid-19 da Moderna pode ser administrada até seis semanas depois da primeira, em circunstâncias excepcionais - anunciou nesta terça-feira (26) o grupo de especialistas em vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Grupo de Especialistas em Assessoramento Estratégico sobre Imunização (SAGE) recomenda a administração de duas doses da vacina da Moderna, com um intervalo de 28 dias, mas indica que a segunda injeção pode "ser adiada até 42 dias", no caso de circunstâncias excepcionais, vinculadas a uma forte presença da doença em um país e à escassez de vacinas.
A OMS ainda não deu, no entanto, sua aprovação de emergência para essa vacina. A previsão é que a avaliação seja concluída no final de fevereiro.
Neste cenário, recomendam reduzir a dose pela metade.
A reunião do SAGE se concentrou, em particular, na vacina desenvolvida pela Moderna, já aprovada pelas autoridades reguladoras da saúde de vários países.
De forma mais geral, o grupo de especialistas não recomenda que a vacina seja usada em grávidas.
Também indica que exceções podem ser feitas, se os benefícios da vacinação forem maiores do que os riscos da própria vacina, por exemplo, para pessoas que sofrem de outras doenças, ou para profissionais da saúde com alto risco de infecção.
Os especialistas da OMS também recomendam que mulheres que amamentam e profissionais da saúde sejam vacinados.
E enfatizam que a vacinação contra a covid-19 deve ser proposta independentemente do histórico de infecção sintomática, ou assintomática.
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Asseguram ainda que os dados atuais mostram que uma reinfecção sintomática nos seis meses seguintes a um primeiro contágio é "rara" e recomendam às pessoas que testaram positivo no teste PCR durante esse período de tempo que adiem a vacinação até o final do mesmo.
Quanto às viagens internacionais, reiteraram sua posição de janeiro, em um momento em que cresce a pressão para a criação de um passaporte sanitário.
"No atual período em que a oferta de vacinas é muito limitada, a vacinação preferencial de viajantes internacionais iria contra o princípio da equidade", afirmou o grupo, em suas recomendações.
"Por esse motivo, e devido à falta de evidências de que a vacina reduz o risco de transmissão, a OMS não recomenda a vacinação contra covid-19 para viajantes", acrescentou.