Segundo voo com brasileiros resgatados da Faixa de Gaza chega a Brasília
egundo o Itamaraty, o grupo deixou o território palestino pela passagem de Rafah
Após mais de 15 horas de voo, o avião com 48 brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza pousou, por volta das 3h47 (horário de Brasília) desta segunda-feira, na Base Aérea de Brasília. A aeronave trouxe 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, sendo duas idosas, e quatro homens adultos.
Segundo o Itamaraty, o grupo deixou o território palestino pela passagem de Rafah neste sábado e viajou por cerca de seis horas em vans alugadas pelo governo brasileiro até a capital egípcia, junto com funcionários da Embaixada do Brasil em Cairo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista inicial era de 102 brasileiros e familiares próximos interessados em vir para o Brasil. No entanto, 24 pessoas tiveram a saída negada por Israel — sete com nacionalidade brasileira. Os vetos levaram a desistências, em alguns casos, e separaram famílias, em outros.
No mês passado, o Brasil resgatou 32 pessoas que estavam em Gaza. Duas que tinham recebido permissão para sair desistiram na última hora — uma brasileira de 50 anos e a filha de 12. Agora, elas tentaram entrar nesta segunda lista junto com o pai da menina, de 69 anos. No entanto, apenas a jovem foi autorizada a cruzar a fronteira desta vez.
Mais de 10 mil pessoas de cerca de 60 países já foram autorizadas a sair de Gaza pela fronteira com o Egito. Os países que mais resgataram cidadãos nas últimas semanas foram EUA (2.020), Turquia (1.032), Rússia (941), Jordânia (690), Canadá (686) e Alemanha (663). Equipes de outras embaixadas também estão na fronteira para resgatar cidadãos de seus países.
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A crise no Oriente Médio começou em 7 de outubro, quando um ataque terrorista do Hamas resultou na morte e no sequestro de 1,2 mil israelenses. Somente no dia 24 de outubro, o Egito abriu a fronteira para que caminhões com alimentos, água, remédios e outros itens de primeira necessidade entrassem em Gaza e estrangeiros pudessem sair do local.
Várias listas com estrangeiros foram autorizadas, mas nenhuma delas incluía brasileiros. Nesta segunda rodada da operação, há nacionais que não quiseram entrar na primeira leva e se arrependeram, mães, pais e outros parentes, segundo um integrante do governo brasileiro.