''Escalada'' no Líbano deterioraria segurança de Israel, diz Washington
A chegada do primeiro-ministro à região ocorre em meio a confrontos quase diários contra combatentes do Hezbollah
Os Estados Unidos alertaram, nesta quarta-feira (5), que uma "escalada" no Líbano deterioraria a segurança em Israel, depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter dito que seu país está "pronto para uma operação muito intensa" na fronteira libanesa.
"Não queremos ver essa escalada do conflito, que só levaria a mais perdas de vidas tanto para israelenses quanto para libaneses e prejudicaria gravemente a segurança e a estabilidade de Israel na região", disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller.
Netanyahu, que visita o norte de Israel depois de oito meses de guerra com o Hamas, que devastou a Faixa de Gaza, alertou que seu país está "preparado para uma operação muito intensa" ao longo da fronteira.
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A chegada do primeiro-ministro à região ocorre em meio a confrontos quase diários contra combatentes do Hezbollah no Líbano, grupo que, assim como o Hamas, é aliado do Irã.
Miller, no entanto, rejeitou a ideia de que uma guerra contra o Líbano seja iminente.
"As declarações do governo israelense de que está pronto para uma operação militar, se necessário, são diferentes de dizer que tomou a decisão de conduzir uma operação militar", disse Miller.
"Ainda estamos em um ponto em que acreditamos que (ambos) preferem uma solução diplomática", afirmou.
Miller garantiu que os Estados Unidos entendem que a situação para Israel na região é "insustentável" e que dezenas de milhares de cidadãos "não podem retornar às suas casas no norte de Israel porque não é seguro" devido aos "bombardeios e ataques com drones do Hezbollah".