Seis funcionárias processam Tesla por assédio sexual
Ações alegam que colegas de trabalho e supervisores fizeram avanços sexuais às mulheres, comentários explícitos sobre seus corpos e, em alguns casos, as tocaram de forma inadequada
Seis mulheres iniciaram nesta terça-feira (14) processos contra a fabricante de carros elétricos Tesla, alegando a existência de uma cultura de assédio sexual na fábrica da Califórnia e outras instalações, incluindo toques indesejados, assobios e retaliações contra denunciantes.
“A fábrica da Tesla parece mais um canteiro de obras arcaico e tosco ou uma casa de fraternidade do que uma empresa de vanguarda no coração da progressiva Baía de São Francisco”, afirma uma das ações judiciais.
A Tesla não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre os processos, que em ao menos um caso argumenta que tuítes explícitos ou provocativos do CEO Elon Musk influenciaram o ambiente de trabalho.
As seis novas ações movidas em um tribunal da Califórnia alegam que colegas de trabalho e supervisores fizeram avanços sexuais às mulheres, comentários explícitos sobre seus corpos e, em alguns casos, as tocaram de forma inadequada.
Cinco das mulheres trabalham ou trabalharam na fábrica de Fremont e a outra, nos centros de serviço no sul da Califórnia.
O novo processo chega após um júri da Califórnia decidir, em outubro, que a Tesla deve pagar a um ex-funcionário negro 137 milhões de dólares em danos por não agir diante do racismo sofrido pelo homem na fábrica de Fremont.
No ano passado, Musk teve uma disputa com as autoridades sobre a reabertura da fábrica em meio a restrições ao coronavírus e ameaçou transferir sua sede para fora do estado. Posteriormente, anunciou a mudança para o Texas, onde está construindo novas instalações.