Sem previsão de alta, adolescentes mordidos por tubarão passam por tratamentos médico e psicológico
Jovens estão internados no Hospital da Restauração, com quadro de saúde considerado estável
Os dois adolescentes mordidos por tubarão na Praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, ainda não possuem previsão de alta e passam por acompanhamento psicológico no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife.
Eles estão internados na unidade, onde passaram por cirurgia após os incidentes com o animal marinho.
“Depois do tratamento cirúrgico, há necessidade do acompanhamento multidisciplinar. É óbvio que quem passa por um incidente desse vai precisar de acompanhamento psicológico e também de toda a equipe de reabilitação do hospital”, comentou o médico-cirurgião e diretor do Hospital da Restauração, Petrus Andrade Lima.
Segundo o especialista, apesar de ainda não haver previsão de alta, o quadro de saúde dos jovens é estável. “O estado de saúde é estável, os dois adolescentes estão bem. Nesse momento não há nenhuma previsão de alta, eles continuam em acompanhamento médico e com a equipe multidisciplinar e só retornarão às suas casas quando bem estabelecidos”, disse.
O adolescente de 14 anos foi mordido por tubarão no último domingo (5) e passou por cirurgia para amputação da perna direita.
A jovem de 15 anos foi mordida na segunda-feira (6), quando teve o braço esquerdo arrancado pelo animal.
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Como explica o diretor hospitalar, o rápido atendimento após o incidente é fundamental para diminuir o risco de morte da vítima:
“Desde o atendimento rápido no local, pela equipe pré-hospitalar, seja o Corpo de Bombeiros ou seja o Samu, até um transporte rápido e seguro até a unidade hospitalar. Não tenham dúvidas de quanto menor o tempo que tudo isso transcorrer e a maior qualidade na assistência, menor a chance de a vítima morrer”.
De acordo com o cirurgião, assim que é notificada de um incidente com tubarão, a equipe do HR prepara a sala de cirurgia e fica no aguardo da chegada da vítima para prestar o atendimento.
“Quando a equipe de pré-hospitalar comunica que uma vítima de incidente com tubarão está vindo para o hospital, é comum que a equipe já entenda a necessidade de que essa vítima precise de possível procedimento cirúrgico. Então, é reservada uma sala de cirurgia, a agência transfusional é notificada para preparar bolsas de sangue para o paciente, e uma equipe de cirurgião, ortopedista e cirurgião-vascular fica aguardando a chegada da vítima e, a partir daí, a depender das lesões, se inicia o tratamento adequado”, detalhou.