Sem sugerir datas, Ministério da Saúde orienta escalonar horários de aula e intervalo nas escolas
Entre as medidas, o texto orienta que escolas escalonem horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo das turmas
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (18) um guia com orientações a estados e municípios para o que chama de "retomada segura" das atividades em escolas em meio à pandemia da Covid-19.
Entre as medidas, o texto orienta que escolas escalonem horários de chegada e saída dos estudantes e o intervalo das turmas, além de medir a temperatura na chegada às escolas e fazer higiene das mãos antes da entrada nas salas de aula.
Sugere ainda que escolas limitem interações entre alunos e que seja observado, dentro e fora de sala, o espaço mínimo de um metro de distância entre estudantes, que devem usar máscaras. Não há orientações específicas, como qual deve ser o número máximo de alunos em cada sala.
Leia também
• Alunos escutam mulher ser assassinada durante aula online
• 'A volta às aulas tem sido o maior desafio do Plano de Convivência', diz André Longo
• Cidade de São Paulo vai retomar aulas presenciais em universidades
No documento, a pasta também evitou dar orientações específicas sobre quando a atividade deve retornar ou com que etapas de ensino deve se dar a retomada.
Ao apresentar rapidamente as orientações, o secretário de atenção primária, Raphael Parente, defendeu que a decisão sobre a volta das aulas cabe aos estados e municípios.
Segundo ele, a ideia é que o documento ajude com orientações básicas de saúde.
Questionado sobre quais as recomendações da pasta diante de decisões diversas adotadas entre estados, o secretário-executivo, Elcio Franco, respondeu apenas que a "orientação principal é preservar vidas".
"É mais uma orientação que deve ser seguida com bastante prudência, atendendo a decisão do gestor local, que deve considerar a capacidade da rede de saúde, como atender em caso de adoecimento, a quantidade de infectados em seu município e a taxa de letalidade para poder tomar essa decisão", disse.
Para ele, o país deve se adaptar a uma nova realidade, "mas não pode parar de viver". A fala contrasta com orientações de equipes anteriores da pasta.
"Temos que nos adaptar a uma nova realidade, em que vamos absorver novos hábitos, como a higienização das mãos, uso de máscaras e manutenção do distanciamento, tudo isso aliado a uma futura vacina que, se Deus quiser, teremos acesso a ela" disse Franco.
"Mas não podemos parar de viver, e com toda segurança possível, temos que iniciar essa retomada das atividades que são essenciais para nossa saúde mental."