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Senadores dos EUA "profundamente preocupados" com reforma judicial no México

O embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, afirmou que a reforma "ameaça" a relação comercial entre os dois países

O presidente do México, Andrés Manuel Lopez ObradorO presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador - Foto: Yuri Cortez / AFP

Um grupo de senadores americanos afirmou nesta terça-feira (27) estar "profundamente preocupado" com as reformas no México que "minam a independência judicial" e colocariam "em perigo" os interesses econômicos entre os dois países.

Uma polêmica reforma constitucional impulsionada pelo governo do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que inclui a proposta de que juízes e magistrados sejam eleitos por voto popular, causou desconforto nos Estados Unidos.

O embaixador dos Estados Unidos no México, Ken Salazar, afirmou que a reforma "ameaça" a relação comercial entre os dois países e é um "risco" para a democracia mexicana.

As declarações levaram nesta terça-feira López Obrador a "pausar" a relação com Salazar, de quem acreditava ser um grande amigo, e com a embaixada do Canadá, também crítica à reforma.

O México é o principal parceiro comercial dos Estados Unidos e os dois países, assim como o Canadá, integram o tratado de livre comércio da América do Norte (T-MEC).

A situação preocupa o Congresso dos EUA.

"Estamos profundamente preocupados que as reformas judiciais propostas no México minem a independência e a transparência do poder judiciário do país, colocando em perigo os interesses econômicos e de segurança críticos que nossas duas nações compartilham", afirmam quatro senadores em um comunicado.

Os democratas Ben Cardin e Tim Kaine e os republicanos Jim Risch e Marco Rubio instam a administração de López Obrador, cujo mandato termina em 1º de outubro, e sua sucessora Claudia Sheinbaum a implementar "somente aquelas reformas que melhorem as qualificações profissionais, combatam a corrupção, protejam a autonomia judicial e fortaleçam a confiança dos investidores".

A reforma, que será abordada na legislatura que começará em 1º de setembro, desencadeou manifestações no México de trabalhadores que consideram que ela viola seus direitos.

O governo terá a maioria necessária para aprová-la sem a necessidade de negociar com outros partidos.

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