Separatistas mantêm presidência do Parlamento regional catalão
Após um acordo de última hora, Josep Rull foi eleito presidente do Parlamento
Os separatistas conseguiram manter, nesta segunda-feira (10), a presidência do Parlamento da Catalunha apesar de ter perdido a maioria absoluta nas eleições de maio, nas quais venceram os socialistas, que tentam tomar o poder nessa região espanhola.
Após um acordo de última hora, Josep Rull foi eleito presidente do Parlamento regional com os apoios no segundo turno de sua formação, Juntos pela Catalunha, da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e da CUP.
Rull foi um dos políticos separatistas que passou mais de três anos na prisão por sua participação na fracassada tentativa de independência de 2017 até seu indulto em 2021.
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Assim, os secessionistas conseguiram manter esse cargo estrategicamente importante, que é responsável, entre outras coisas, por propor qual candidato será o primeiro a ser investido como o novo presidente catalão.
Tanto o socialista Salvador Illa, cujo partido venceu as eleições, como o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, do mesmo partido de Rull, já anunciaram que querem ser candidatos a esse pleno que deve celebrar sua primeira sessão em 25 de junho no máximo.
Nas eleições catalãs de 12 de maio, o Partido Socialista do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez conquistou 42 das 135 cadeiras em um Parlamento regional onde o soberanismo registrou seus piores resultados em décadas.
Mas, apesar de seu aumento de votos, Illa terá de tecer alianças complexas para tentar ser eleito.
A preferência socialista é buscar o apoio da esquerda radical, que já faz parte do governo central (6 cadeiras), e da ERC (20). Mas a posição dessa última, em meio a um processo de reflexão após seus resultados eleitorais ruins, é um ponto de interrogação.