Sergio Camargo volta a atacar Moïse e diz que a Fundação Palmares era desconhecida antes dele
Ele voltou a postar que assassinato do congolês não foi racismo
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, voltou a usar o Twitter nesta segunda-feira (14) para criticar o refugiado congolês Moïse Kabagambe, brutalmente assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, quando foi cobrar duas diárias de trabalho atrasadas.
Camargo escreveu: "O brutal assassinato NADA teve a ver com racismo! Moise foi vítima da selvageria de PRETOS como ele."
No mesmo tweet, ele completa: "Fiz da Palmares, desconhecida antes de mim, uma autêntica instituição cultural."
O brutal assassinato NADA teve a ver com racismo! Moise foi vítima da selvageria de PRETOS como ele.
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) February 14, 2022
Sou o terror dos afromimizentos, da negrada vitimista. Defendo o negro honrado e trabalhador.
Fiz da Palmares, desconhecida antes de mim, uma autêntica instituição cultural. pic.twitter.com/dRcw1AQYFG
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Na semana passada, Camargo já usara o Twitter para atacar Moïse e negar o racismo:
"Moise andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava", escreveu o presidente da Palmares.
Moise andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava.
— Sérgio Camargo (@CamargoDireita) February 11, 2022
A série de postagens causou indignação e fez o presidente da Comunidade Congolesa no Brasil pedir a exoneração de Camargo.