Logo Folha de Pernambuco

EDUCAÇÃO

Sergio Moro critica fim de programa das escolas cívico-militares: "Modelo tem os seus méritos"

Senador usa as redes sociais para dizer que, apesar de concordar com fim da expansão, é contra a descontinuidade das unidades existentes; estados prometem manter escolas

Sérgio Moro, senadorSérgio Moro, senador - Foto: Pedro França/Agência Senado

Em sua conta no Twitter, o senador Sergio Moro (União Brasil) criticou a decisão do governo Lula de descontinuar as escolas cívico-militares. Criado na gestão de Jair Bolsonaro, o programa consumiu quase R$ 100 milhões entre 2020 e 2022 na manutenção de 216 unidades do país. Nesta quarta (12), o MEC decidiu pôr fim às escolas cívico-militares.

Sergio Moro disse que o modelo não poderia "ser uma estratégia central de política de educação", portanto concordava com o fim da expansão das unidades. Por outro lado, ele discorda da descontinuidade das unidades já existentes, ao defender os méritos das escolas.

Por isso, ele elogiou a decisão do governador Ratinho Jr, do Paraná, que anunciou a manutenção de suas 12 escolas que fazem parte do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim).

Além do Paraná, outros estados irão manter suas escolas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tomou a mesma decisão e o estado de Santa Catarina informou que está estudando a continuidade das escolas cívico-militares com recursos próprios.

Fim das escolas cívico-militares
Criado em 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) começou a ser implementado em 2020 em 51 escolas, mas em 2021 e 2022 teve sua expansão para 216 unidades, aumentando exponencialmente os valores empenhados.

A decisão do encerramento do programa foi informada por meio de um ofício enviado a secretários estaduais de todo o país esta semana, datado da última segunda-feira. No seu auge, o programa atendia apenas 0,01% das escolas públicas brasileiras. Mesmo assim, nesses dois anos, o programa ficou entre as 15 maiores verbas discricionárias (aquelas nas quais o ministro tem poder de decisão de onde gastar) da educação básica.

O documento, endereçado aos secretários estaduais, informa que foi "deliberado o progressivo encerramento" do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares após a realização de processo de avaliação liderado pela equipe da Secretaria de Educação Básica, do Ministério da Defesa e do próprio MEC.

O ofício acrescenta que "partir desta definição, iniciar-se-á um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao Programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educativas".

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter