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Serial killer vai ser executado após passar quase 50 anos no corredor da morte, nos EUA

Thomas Eugene Creech, de 73 anos, deve ser a primeira pessoa a receber a pena capital em Idaho em 12 anos

Thomas Eugene Creech em janeiro de 2009Thomas Eugene Creech em janeiro de 2009 - Foto: Idaho Department of Correction/Divulgação

Um dos detentos há mais tempo no corredor da morte dos Estados Unidos, o serial killer Thomas Eugene Creech, de 73 anos, vai ser executado nesta quinta-feira (29), afirmaram autoridades de Idaho. Após aguardar 43 anos pela aplicação da pena capital, ele foi transferido para uma cela no bloco F da penitenciária de segurança máxima do estado americano, onde será morto com uma injeção letal.

Creech foi preso em 1974, em Idaho, após matar dois pintores que lhe deram carona: Thomas Arnold e John Bradford. Ele chegou a ser condenado à morte pelos assassinato, mas a sentença foi convertida em prisão perpétua dois anos depois do crime, quando a Suprema Corte americana proibiu a imposição de pena capital automática.

No entanto, o homem entrou para o corredor da morte em 1981, após assassinar um colega de prisão. Munido com uma meia repleta de baterias, ele desferiu golpes contra David Jensen, um homem com deficiência que cumpria pena por roubo de carro.

No total, além de Jensen, Creech foi condenado por cinco assassinatos em três estados e segue suspeito em pelo menos outros seis casos, de acordo com o USA Today.

O serial killer chegou a alegar ter tirado a vida de 50 pessoas. O Departamento de Correição de Idaho marcou a execução para 28 de fevereiro, o que deve torná-lo a primeira pessoa a receber a pena capital no estado em 12 anos.

Advogados de Creech tentavam suspender a aplicação da pena com recursos em diferentes tribunais. Um dos argumentos é de que o serial killer havia sido condenado por um juiz, e não por um colegiado. Neste domingo, porém, o Tribunal de Apelações para o 9º Circuito rechaçou a alegação e manteve a punição.

Em seu último apelo por clemência, Creech disse que havia se regenerado, e os advogados apontaram que o detento não cometeu faltas disciplinares nos últimos 28 anos. Uma ex-enfermeira da prisão, um ex-promotor, guardas prisionais e até mesmo o juiz que sentenciou Creech à morte apoiaram o pedido de clemência. O magistrado, por exemplo, afirmou que o serial killer deveria cumprir o resto de sua vida na prisão e que executá-lo seria "apenas um ato de vingança".

A solicitação de clemência foi negada pela Comissão de Perdões e Liberdade Condicional de Idaho. Já o governador de Idaho, Brad Little, disse que tem "intenção zero" de impedir a execução.

"Thomas Creech é um serial killer condenado, responsável por atos de extrema violência", disse Little, em comunicado divulgado em 29 de janeiro. "Sua sentença ilegal e justa deve ser executada conforme ordenado pelo tribunal".

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