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Serviço Secreto revisa segurança de Convenção Nacional Republicana após tentativa de assassinato con

Mudanças ainda não foram divulgadas pelo Serviço Secreto, mas congressistas do Partido Republicano esperam que programa do evento possa seguir como planejado

Mais de 50 mil pessoas são esperadas no centro de Milwaukee, em Wisconsin, para o início da Convenção Nacional Republicana de 2024 na segunda-feira, dois dias após uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump, na Pensilvânia.

O Serviço Secreto americano ainda está avaliando quais mudanças serão feitas no esquema de segurança do evento, mas congressistas do partido esperam que o programa possa seguir como planejado.

— Estamos confiantes sobre o que foi preparado, toda a cooperação entre o Serviço Secreto, a cidade, o condado, dezenas de agências de aplicação da lei — disse Brian Schimming, presidente do Partido Republicano de Wisconsin, em uma entrevista à WISN-TV neste domingo. — Tenho certeza de que algumas pessoas estão dando outra olhada hoje só para ter certeza.

Eventos de grande porte como a convenção republicana — na qual Trump será nomeado oficialmente o candidato presidencial do partido — geralmente contam com um forte esquema de segurança, incluindo policiais locais, estaduais e federais.

Mas depois que Trump foi ferido por um atirador durante um comício no sábado, a segurança passou a ser a principal preocupação do evento.

"Minha equipe e eu estamos em contato com aqueles que coordenam o planejamento de segurança para a convenção e continuaremos em estreita comunicação à medida que soubermos mais sobre essa situação", disse o governador de Wisconsin, Tony Evers, em uma publicação no X, antigo Twitter.

O deputado Mark Green, presidente da comissão de segurança interna da Câmara dos Deputados dos EUA, enviou uma carta ao secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, neste domingo, levantando questões sobre o ataque a tiros e exigindo informações sobre a proteção do Serviço Secreto ao ex-presidente.

"A gravidade dessa falha de segurança e desse momento assustador na História de nossa nação não pode ser subestimada", escreveu Green, acrescentando que havia sérias dúvidas sobre como o "atirador conseguiu acessar um telhado dentro do alcance e da linha de visão direta de onde o presidente Trump estava discursando".

Green também observou relatos de que o Serviço Secreto havia recusado pedidos da campanha de Trump por mais segurança.

Um porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, disse na mídia social neste domingo que essas alegações eram "absolutamente falsas" e que eles haviam acrescentado recursos e tecnologia à medida que as viagens da campanha aumentavam.

Segundo a AP, a convenção está exigindo que o departamento forneça informações, incluindo documentos que mostrem o plano de segurança para o evento de sábado; qualquer informação sobre o aumento do número de seguranças de Trump e sobre como os participantes foram examinados para o comício na Pensilvânia; documentos que descrevam as regras de engajamento do Serviço Secreto; e todos os materiais de informação após o tiroteio.

Em Milwaukee, a cidade mais populosa do estado de Wisconsin, está tudo pronto para a Convenção Republicana. O nome "Trump" aparece em grandes outdoors iluminados. O pessoal do Serviço Secreto assume suas posições. Barreiras impedem o acesso às ruas do perímetro do evento. Os hotéis estão cheios de visitantes.

Um oficial do Serviço Secreto disse ao canal NewsNation que os recursos adicionais que eles podem ter para a convenção ainda estão em fase de planejamento, mas espera que a segurança possa ser reforçada em alguns setores do evento.

O perímetro de segurança em torno da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee "está como originalmente estabelecido. Ele não foi ampliado, pelo menos por enquanto", informou Major Garrett, correspondente-chefe da CBS New em Washington. Ainda segundo ele, o presidente da convenção, Reince Priebus, espera que o Serviço Secreto reavalie e amplie o perímetro de segurança.

A convenção republicana divulgou uma declaração conjunta com a campanha de Trump neste domingo, dizendo que o ex-presidente continuará viajando para Milwaukee e que não haverá mudança na programação.

"O presidente Trump espera se juntar a todos vocês em Milwaukee enquanto prosseguimos com nossa convenção para nomeá-lo", afirma o texto.

Trump, por sua vez, disse que não permitirá que "o mal vença" e aguarda com expectativa a convenção.

"Neste momento, é mais importante do que nunca que estejamos unidos e mostremos nosso verdadeiro caráter como americanos, permanecendo fortes e determinados e não permitindo que o mal vença. Eu realmente amo nosso país e amo todos vocês, e estou ansioso para falar à nossa grande nação esta semana de Wisconsin", publicou Trump neste domingo no Truth Social.

Os principais assessores da campanha de Trump disseram para seus funcionários ficarem longe dos escritórios da força-tarefa em Washington e West Palm Beach, pois ambos os locais estão sendo avaliados após o ataque de sábado, de acordo com um memorando obtido pelo Washington Post.

Os deputados Michael Lawler, republicano, e Ritchie Torres, democrata, anunciaram que apresentariam uma legislação para garantir que a proteção reforçada do Serviço Secreto seja fornecida ao presidente Biden, ao ex-presidente Donald Trump e ao candidato presidencial independente Robert F. Kennedy Jr. Kennedy buscou a proteção do Serviço Secreto com base nos assassinatos de seu pai e tio.

"A tentativa de assassinato do ex-presidente Trump na noite passada foi um momento sombrio na história de nossa nação", disseram os dois em um comunicado. "À medida que os relatórios continuam a surgir, fica claro que é necessária mais proteção para todos os principais candidatos a presidente." (Com agências internacionais)

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