Sete crianças e a mãe morrem em incêndio em sua casa na França
Segundo autoridades francesas, as crianças, cinco meninas e dois meninos, e a mãe morreram sufocadas com a fumaça
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Sete crianças com idades entre 2 e 14 anos morreram sufocadas junto com a mãe em um incêndio "muito violento" em sua casa na França, causado por uma máquina secadora por volta da meia-noite desta segunda-feira (6) – disseram autoridades.
"Em Charly-sur-Marne, um trágico incêndio causou a morte de sete crianças e sua mãe. A Nação compartilha o choque e a dor de sua família e de pessoas próximas", tuitou o presidente francês, Emmanuel Macron.
A tragédia que ocorreu em Charly-sur-Marne, cerca de 80 quilômetros ao nordeste de Paris, foi causada "a priori por uma secadora que pegou fogo no térreo", disse a Promotoria.
As crianças, cinco meninas e dois meninos, e a mãe morreram sufocadas, já que "os corpos não foram queimados", disse à AFP o promotor de Soissons, Julien Morino-Ros.
Espero de todo o coração que não tenham sentido nada, que não tenham visto nada. Estávamos lá, na rua. Durante toda a noite vimos o horror, disse à AFP Sylvie Corré, esposa do proprietário da casa.
Os vizinhos alertaram os bombeiros à 00h52 (20h52 em Brasília), mas a intervenção foi complicada, uma vez que a casa estava inserida em uma rua estreita desta cidade de 2.600 habitantes.
Vi principalmente fumaça, muita fumaça", disse à AFP a moradora Evelyne Renaud. "Pobres crianças!, lamentou.
Um vizinho "bombeiro" – o primeiro a intervir "individualmente" – resgatou o pai da família antes da chegada das equipes de resgate, segundo a Prefeitura e o Ministério Público.
O pai desta família, da qual quatro filhos eram do primeiro casamento da mãe, sofreu queimaduras graves e foi hospitalizado, mas não corre risco de vida.
O homem tentou intervir no incêndio no térreo, onde se encontrava a máquina secadora, e pediu à família que se refugiasse no segundo andar, um sótão, segundo o promotor.
A tristeza tomou conta da cidade na manhã desta segunda-feira. Duas mães, que haviam acabado de deixar os filhos na escola situada a algumas dezenas de metros de distância, choravam.
"O diretor da escola estava com os olhos marejados", conta uma delas, cujo filho era amigo de uma das vítimas. Duas psicólogas estavam presentes na escola, segundo a mulher, que não quis se identificar.
O último drama semelhante na França ocorreu em 15 de dezembro em Vaulx-en-Velin, perto de Lyon (sudeste), com um saldo de dez mortos, incluindo quatro crianças.