Setor turístico de Fernando de Noronha protesta por maior flexibilização na reabertura da ilha
Atos ocorreram simultaneamente no Recife e na ilha nesta terça-feira (8)
Pousadeiros, bugueiros, conselheiros e pequenos negociantes de Fernando de Noronha realizaram dois protestos, nesta terça-feira (8), pedindo maior flexibilização da reabertura da ilha. Os atos ocorrem no Recife e em Noronha e começaram por volta das 8h (horário do Recife, 9h em Noronha).
A concentração do ato na capital pernambucana ocorreu em Boa Viagem, na Zona Sul da Capital. O grupo seguiu até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, onde uma comissão foi recebida. Já em Noronha, os manifestantes saíram em carreata com dezenas de carros, do Porto de Santo Antônio em direção ao Aeroporto Governador Carlos Wilson.
O setor turístico pede a revisão do protocolo anunciado pelo Governo de Pernambuco. Desde 1º de setembro, apenas turistas com resultados positivos de testes para Covid-19 e curados da doença podem entrar na ilha. Apesar dos voos comerciais liberados, apenas quatro visitantes desembarcaram em Noronha no último fim de semana.
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Por meio de nota, o Governo de Pernambuco informou que uma comissão formada por empresários que atuam em Fernando de Noronha foi recebida no Palácio do Campo das Princesas pelo secretário-executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo, acompanhado do superintendente jurídico da administração do arquipélago, Felipe Campos, e do diretor de projetos estratégicos, Daniel Bezerra.
"Durante a reunião, foram ouvidas as reivindicações dos empresários. Eles protocolaram um ofício em que solicitam, com celeridade, a flexibilização do protocolo de entrada de turistas na ilha. O documento será encaminhado ao Comitê Socioeconômico de Enfrentamento ao Coronavírus para avaliação e eventual deliberação", diz o governo.
“O que queremos é a que a ilha abra de verdade, não como foi anunciado semana passada. A ilha está aberta na fantasia, mas na realidade não está”, disse à reportagem o conselheiro distrital de Fernando de Noronha, Ailton Júnior, uma das lideranças dos atos.
Na ilha, dezenas de carros seguem em carreata (Foto: Cortesia)Segundo Ailton Júnior, o setor turístico apresentou uma proposta de protocolo que previa um exame RT-PCR 72 horas antes do embarque e um outro teste rápido para detectar o novo coronavírus no dia do embarque para a ilha. “Se desse positivo o turista não embarcaria, o resultado sai em 20 minutos”, completa o conselheiro distrital. A proposta não foi aceita.
“Estamos tentando ser lembrados pelo governo. 99% da economia da ilha gira em torno do turismo, é uma parcela mínima de servidores públicos. O resto todo depende do turismo. São cinco meses assim [com o setor parado]. Tem empresas praticamente quebradas e não voltarão ao mercado. Todo mundo está sem condições de abrir”, finalizou Ailton.
Em Noronha, protesto reúne diversos representantes do setor (Foto: Cortesia)Covid-19 em Fernando de Noronha
De acordo com o último boletim divulgado pela Administração, nessa segunda-feira (7), Fernando de Noronha confirmou mais dois casos da Covid-19, o que elevou o total a 97 casos - sendo 42 infectados identificados pelo estudo epidemiológico feito na ilha.
Os dois novos infectados são passageiros de um voo fretado que chegou à Noronha na última quinta-feira (3). Os pacientes seguem quarentena, conforme protocolo.
Dos 97 infectados, 95 estão recuperados. Não houve registro de óbitos no arquipélago e três casos, do mesmo voo dos dois infectados, seguem em investigação e aguardam resultados laboratoriais.
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