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PEDOFILIA VIRTUAL

Sextorsão: preso suspeito de pedofilia virtual que ameaçou expor fotos e vídeos de menina de 10 anos

Segundo delegado, homem usava perfil fake e disse à vítima que iria divulgar fotos e vídeos dela, caso não enviasse novos conteúdos

Delegados apresentaram o caso em coletiva de imprensa, no RecifeDelegados apresentaram o caso em coletiva de imprensa, no Recife - Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação

Um homem de 41 anos suspeito de pedofilia virtual infantil contra uma menina de 10 anos moradora do Recife foi preso na cidade de Concórdia do Pará, no estado do Pará, localizada a cerca de 135 quilômetros da capital Belém.

Ele também é suspeito de sextorsão, crime que acontece quando há ameaça de divulgar imagens íntimas para forçar alguém a fazer algo por vingança, humilhação ou para extorsão financeira.

Segundo o delegado, ele dizia que iria expor fotos e vídeos íntimos da menina para os pais e colegas de escola caso ela não enviasse outros conteúdos.

A prisão, efetuada após mandado de prisão expedido pela 1ª Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital, aconteceu na segunda-feira (2) e detalhes foram informados pela Polícia Civil de Pernambuco, nesta terça-feira (3).

Titular da 16ª Delegacia de Polícia de Água Fria, o delegado Mário Melo afirmou que as investigações começaram em abril deste ano, após a menina conversar com a mãe sobre o que estava acontecendo. 

"Esse cidadão usava um perfil fake e abordou uma menina de 10 anos. A partir daí, convenceu essa vítima a fornecer algumas fotos e vídeos e depois passou a ameaçar e constranger para que ela mandasse mais e mais sob pena de divulgar esses vídeos na escola, para os pais", explicou, na coletiva de imprensa nesta terça-feira.

"A menor não queria ir mais à escola. Foi quando falou tudo para a mãe, que procurou a delegacia e a gente iniciou as investigações e conseguimos chegar nesse pedófilo", completou Mário Melo.

Perfil fake
As investigações da polícia mostraram que o homem usava um perfil fake numa rede social com o nome fictício de "Rayane Silva". Com essa conta, ela constrangia a menor a enviar vídeos e fotos nuas. 

Durante a apuração, a Polícia Civil identificou que a menina de 10 anos foi abordada em 2 de abril pelo homem usando o perfil fake. 

Após conversas iniciais, o homem convenceu a vítima a baixar um aplicativo e as conversas e envios dos materiais íntimos seguiram. 

Segundo a polícia, o fake enviou um vídeo de uma adolescente nua e pediu outro vídeo de volta à vítima, que enviou. 

Passado algum tempo, acrescentou a polícia, e a partir de negativas da vítima em fornecer mais vídeos, o perfil fake passou a constrangê-la a fazer mais imagens suas sob pena de divulgar os primeiros que a menor enviou após a primeira abordagem.

Pedofilia
Após a menina falar à mãe o que estava acontecendo, a polícia identificou e localizou o homem, que mora em Concórdia do Pará, no Pará. 

"Identificamos que ele era contumaz em práticas de pedofilia, pois tinha por hábito fornecer vídeos com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes", explicou a Polícia Civil.

A polícia ainda identificou que os alvos dele eram geralmente meninas com idades entre 10 e 12 anos. Ele tinha mais de 20 perfis falsos, segundo a corporação, e todos com nomes de meninas. 

O modus operandi dele, inclusive, era sempre o mesmo: criava perfis falsos de meninas de 10 a 12 anos justamente para abordar as vítimas nessa faixa etária. 

Depois de ganhar a confiança das vítimas, ele as convencia a enviar fotos nuas ou vídeos contendo imagens pornográficas. 

"Após isso, já de posse dos vídeos, ele as ameaçava para que elas mandassem mais filmagens, sob pena de divulgar as que já tinham em mãos", completou a Polícia Civil.

A polícia ainda identificou vítimas em ao menos outras cinco unidades federativas: Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pará.

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