Sindicatos da Colômbia preparam marchas de apoio ao governo Petro
No poder desde agosto, Petro enfrenta um dos piores escândalos de seu governo
Centrais sindicais convocaram passeatas, nesta quarta-feira (7), em Bogotá e em outras cidades colombianas, em apoio às reformas propostas pelo presidente Gustavo Petro, no momento em que seu governo enfrenta um escândalo de escutas telefônicas ilegais e uma crise de popularidade.
Na capital, um grupo de pessoas com bandeiras do país aguardava o início da jornada em um parque central, observaram os jornalistas da AFP.
Com "o movimento sindical, estudantil, comunitário e camponês, organizamos essas marchas pacíficas por todo o país em apoio às reformas sociais e ao governo do presidente Petro", explicou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Francisco Maltés, em entrevista à emissora pública Rádio Nacional.
No poder desde agosto, Petro enfrenta um dos piores escândalos de seu governo, envolvendo escutas ilegais e suspeita de corrupção no financiamento de sua campanha presidencial.
Leia também
• Hospitalizado, papa cancela audiências até 18 de junho
• Rússia acusa Ucrânia de sabotar duto de amônia Togliatti-Odessa
• Papa Francisco começou a sentir dores fortes no abdômen um dia antes da internação
Petro, que buscará mostrar musculatura política ao longo do dia, anunciou que acompanhará as marchas em Bogotá a partir das 13h locais (15h, no horário de Brasília).
Primeiro presidente de esquerda da Colômbia, Petro apresenta ao Congresso reformas ambiciosas que têm tido dificuldades para reunir apoio suficiente dos partidos: reduzir a participação privada no sistema de saúde; redistribuir terras improdutivas; reformar os sistemas trabalhista, previdenciário e judiciário; desarmar organizações ilegais, entre outros projetos.
No início de seu mandato, Petro contou com o apoio da esquerda e de alguns partidos tradicionais no Congresso. A coalizão governista vem, no entanto, desintegrando-se e se distanciando cada vez mais de suas reformas, em meio aos reveses políticos que o governo enfrenta.