Sindrome rara pós-Covid tem atingido crianças e adolescentes; nove mortes foram confirmadas no País
Em Pernambuco, nove casos foram confirmados, além de uma morte
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Crianças e adolescentes, pós-expostas à Covid-19, têm desenvolvido a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (Sim-P). Em Pernambuco, até o dia 7 de agosto, duas crianças haviam apresentado a doença e, atualmente, esse total já é de nove. Dentre esses casos, apenas um óbito foi confirmado: uma menina de 11 anos, que morava no Recife, e morreu no fim de junho. A doença é rara e teve o seu primeiro registro confirmado na Bahia, com a morte de um menino de 9 anos, ainda em abril. Ao todo, 14 crianças e adolescentes entre 2 e 16 anos desenvolveram a enfermidade segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Apesar de não ser obrigatório para crianças que desenvolvem a Sim-P, o novo coronavírus é observado como fator prévio, desde o início da pandemia, para diversas crianças apresentaram a síndrome. A síndrome é caracterizada por febre persistente e elevada, acompanhada de um conjunto de sintomas que pode incluir hipotensão (pressão baixa ou choque), comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios. O paciente pode apresentar manifestações cardiovasculares ou gastrointestinais agudas (diarreia, vômito, dor abdominal); conjuntivite ou manifestações cutâneas; quadro inflamatório e confirmação laboratorial (técnica RT-PCR ou sorologia) ou história de contato com caso confirmado do novo coronavírus.
Dos casos registrados em Pernambuco, até o momento, quatro são do sexo masculino e cinco do sexo feminino. Os adoecimentos ocorreram entre maio e este mês de agosto. A criança que morreu foi atendida no Imip. Na Bahia, nem todas as 14 crianças e adolescentes com o diagnóstico confirmado da doença testaram positivo para o coronavírus. Apenas 11 enfermos possuíam a confirmação da covid-19, enquanto três apenas tiveram contato com alguém que pegou a doença viral. Cidade do único óbito causado pela SIM-P, Salvador teve o maior número de diagnósticos da síndrome, com oito ocorrências, seguida de Camaçari com dois pacientes com a doença.
No Brasil, já foram registradas nove mortes pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica até 8 de agosto, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, são 117 casos confirmados da doença entre as crianças e adolescentes do país. “O Brasil monitora casos de SIM-P em crianças e adolescentes, entre 7 meses e 16 anos. O objetivo é identificar se a síndrome pode estar relacionada à Covid-19”, informou o Ministério da Saúde.
Os números podem crescer já que o ministério informou que haverá atualização do assunto ainda nesta semana. O maior número de casos ocorreu no Rio de Janeiro, com 3 mortes, seguido do Pará e do Ceará, com duas mortes em cada um deles. O estado de São Paulo e a Bahia registraram um óbito cada. A maior parte dos pacientes que desenvolveram a doença tinham até 4 anos de idade. Nesta faixa foram 48 casos confirmados e seis mortes. Dos casos confirmados, a maior parte ocorreu em pacientes é do gênero masculino, com 69 confirmações.