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Apelo

SIP pede libertação de jornalista preso na Guatemala há um ano

Detido em 29 de julho de 2022, Zamora foi acusado pelo Ministério Público da Guatemala de suposta chantagem e lavagem de dinheiro

Jornalista guatemalteco José Rubén ZamoraJornalista guatemalteco José Rubén Zamora - Foto: Johan Ordonez/AFP

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) redobrou, nesta sexta-feira (28), seu pedido pela libertação do jornalista guatemalteco José Rubén Zamora, um ano após sua prisão.

"Um ano depois de sua prisão, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) reiterou seu pedido público pela libertação imediata do presidente e fundador do elPeriódico, José Rubén Zamora (...), condenado a seis anos de prisão em um julgamento caracterizado por irregularidades", disse em um comunicado.

Detido em 29 de julho de 2022, Zamora foi acusado pelo Ministério Público da Guatemala de suposta chantagem e lavagem de dinheiro.

Após um julgamento que durou quase um mês e meio, um tribunal o condenou a seis anos de prisão por lavagem de dinheiro, em 14 de junho, uma pena inferior aos 40 anos inicialmente solicitados pelo MP.

"Fomos testemunhas de atos de intimidação e caça às bruxas contra qualquer pessoa ligada à Zamora, com o propósito de diminuir a possibilidade de uma defesa justa e imparcial", disse o presidente da SIP, Michael Greenspon, citado no comunicado.

O elPeriódico encerrou suas atividades em 15 de maio, após 27 anos de circulação, depois de denunciar perseguições judiciais e pressões financeiras na Guatemala, agravadas pela prisão de seu fundador, que ainda tem outros dois processos em abertos no Ministério Público.

Zamora, por sua vez, acusou o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, e a procuradora-geral Consuelo Porras de fabricar o caso contra ele em retaliação por suas publicações sobre corrupção.

Em 2021, a procuradora foi incluída por Washington na lista de atores "corruptos e antidemocráticos" da América Central, motivo pelo qual está proibida de entrar nos Estados Unidos.

A mesma sanção foi imposta posteriormente aos procuradores Rafael Curruchiche e Cinthia Monterroso, que acusam Zamora, e o juiz Fredy Orellana, que ordenou o julgamento contra o jornalista.

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