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Coronavírus

Só haverá vacinação em massa com vacina eficaz e segura, diz OMS

Segundo a cientista-chefe da OMS, laboratórios do mundo todo já se comprometeram a seguir os padrões de qualidade e segurança da organização

Corrida pela vacina contra a Covid-19Corrida pela vacina contra a Covid-19 - Foto: Jean-François Monier/AFP

"A OMS jamais vai recomendar uma vacina que não seja comprovadamente segura e eficaz", afirmou nesta sexta o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus. Segundo ele, a melhor resposta para os que não acreditam em vacinas ou acham que elas são perigosas é mostrar os resultados concretos das campanhas de vacinação, que salvaram as vidas de milhões de crianças em todo o mundo.

"Especialmente os pais não devem acreditar em narrativas, mas olhar por si mesmos o histórico das vacinas. Basta olhar para todos os lugares em que elas salvaram crianças e erradicaram doenças", afirmou Ghebreyesus. Na última terça (1º), ao ser abordado por uma apoiadora que pediu a ele que impedisse vacinações porque "isso é perigoso", Bolsonaro respondeu: "Ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina".

Para a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, a preocupação da brasileira e de outras pessoas que temem vacinas mostra que ainda há desinformação, e a melhor forma de combatê-la é com esclarecimento e educação. "Vacinas salvam milhões de vidas no mundo. E só são autorizadas depois de uma série de testes, que garantem que elas não causam danos e são capazes de proteger contra as doenças", afirmou ela.

Segundo Soumya, laboratórios do mundo todo já se comprometeram a seguir os padrões de qualidade e segurança da OMS:"Nenhuma vacina será aplicada em massa antes que haja segurança absoluta de que elas atendem os parâmetros".

A cientista-chefe da OMS afirmou também que um conselho de especialistas independentes acompanha todos os experimentos e revisa todos os dados para validar as conclusões sobre os produtos, sejam eles remédios ou vacinas.

"Os antivaxxers constroem narrativas contra as vacinas, mas as pessoas não precisam ouvi-los. O histórico fala por si", reforçou Ghebreyesus, citando o uso de vacinação para erradicar a pandemia do vírus ebola na República Democrática do Congo.

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