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Motim carcerário

Sobe para 100 o número de mortos em motim carcerário no Equador

Segundo o orgão governamental encarregado das prisões (SNAI), no total são 52 pessoas feridas e 100 mortas no conflito.

Policiais montados montam guarda do lado de fora de uma prisão em Guayaquil, Equador, em 29 de setembro de 2021, após a ocorrência de um motim. Cem prisioneiros foram mortos e 47 feridos em uma batalha entre presidiários armados alinhados a gangues rivPoliciais montados montam guarda do lado de fora de uma prisão em Guayaquil, Equador, em 29 de setembro de 2021, após a ocorrência de um motim. Cem prisioneiros foram mortos e 47 feridos em uma batalha entre presidiários armados alinhados a gangues riv - Foto: Fernando Mendez / AFP

Um motim registrado na terça-feira em um presídio no Equador, cujo sistema penitenciário está em crise pela superlotação e a violência, deixou "mais de 100" detentos mortos e 52 feridos, informou nesta quarta-feira (29) o órgão governamental encarregado das prisões (SNAI).

"O @SNAI_Ec informa que até o momento confirmam-se mais de 100 #PPL (pessoas privadas de liberdade) falecidas e 52 feridos, durante os incidentes registrados nesta terça-feira" na prisão Guayas 1, da cidade portuária de Guayaquil (sudoeste), informou a entidade pelo Twitter.
 

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O SNAI acrescentou que a polícia e o Ministério Público "continuam levantado informação" na prisão.

A rebelião de terça-feira já se transformou na mais mortífera do país neste ano. Em fevereiro, quatro rebeliões simultâneas em diferentes presídios de três cidades equatorianas tiveram como saldo a morte de 79 detentos, entre eles vários decapitados. Em julho, outros dois motins deixaram dezenas de mortos.  

Diante dessa situação, o presidente Guillermo Lasso anunciou no Twitter que estava decretando o estado de exceção em todo o sistema carcerário nacional.

O chefe de Estado assinalou que liderará em Guayaquil um comitê de segurança para controlar a "emergência, garantindo [o respeito a] os direitos humanos de todos os envolvidos".

O estado de exceção permite ao Poder Executivo suspender direitos e usar a força pública para restabelecer a normalidade.

As rebeliões agravaram a crise penitenciária no Equador, causada pelos confrontos entre organizações criminosas vinculadas aos cartéis mexicanos de Sinaloa e Jalisco Nova Geração.

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