MUNDO

Sobe para 300 mortos após protestos antigovernamentais em Bangladesh

Manifestações começaram em junho para denunciar as cotas de admissão para cargos públicos

Manifestantes incendiaram veículos perto do escritório da direção de Gestão de Desastres durante protesto em andamento em Daca, Bangladesh Manifestantes incendiaram veículos perto do escritório da direção de Gestão de Desastres durante protesto em andamento em Daca, Bangladesh  - Foto: AFP

O número de mortos nos confrontos em Bangladesh aumentou para pelo menos 300 pessoas, depois de 94 terem morrido no domingo, no dia mais sangrento das semanas de protestos antigovernamentais, segundo uma contagem da AFP.

O número é baseado em relatórios da polícia, autoridades e médicos em hospitais. Os protestos deverão recomeçar nesta segunda-feira, em meio à mobilização generalizada de policiais e soldados na capital, Daca, patrulhas rodoviárias e barricadas nas estradas de acesso ao gabinete da primeira-ministra Sheikh Hasina.

 

Os protestos, que começaram em junho para denunciar as cotas de admissão para cargos públicos – consideradas “arbitrárias” – se transformaram num movimento antigoverno mais amplo e viraram os piores distúrbios enfrentados por Hasina em 15 anos no poder. As tropas locais chegaram a restabelecer a ordem por alguns dias, mas a multidão retornou no início deste mês com a intenção de paralisar o governo.

Milhares de pessoas, muitas armadas com pedaços de pau, lotaram neste domingo a praça Shahbagh, no centro de Daca. Foram registrados confrontos nas ruas em diversos pontos da capital, assim como em duas outras cidades importantes do país. O chefe das forças de segurança da região, al-Helal, disse que houve confrontos entre estudantes e homens do governo, e que a situação se transformou num “campo de batalha”.

Sheikh Hasina, de 76 anos, governa o país desde 2009 e venceu as eleições pela quarta vez consecutiva em janeiro, uma votação que não teve uma oposição real. Grupos de defesa dos direitos humanos acusam o governo de utilizar indevidamente as instituições do Estado para permanecer no poder e acabar com opositores, inclusive por meio de execuções extrajudiciais.

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