Logo Folha de Pernambuco

mundo

Sobe para 36 o número de mortos em incêndio florestal no Havaí

Fenômeno foi intensificado após furacão Dora; linha de emergência ficou fora do ar, o que impossibilitou relatos de incidentes

Incêndio em ilha no Havaí faz pessoas se jogarem no mar para escapar e deixa hospitais sobrecarregadosIncêndio em ilha no Havaí faz pessoas se jogarem no mar para escapar e deixa hospitais sobrecarregados - Foto: Reprodução

Subiu para 36 o número de mortos em incêndios florestais que atingiram uma ilha do Havaí nesta quarta-feira (9), disseram as autoridades. Intensificadas por fortes ventos causados pelo furacão Dora, as queimadas também destruíram empresas na cidade histórica de Lahaina e causaram cortes de energia.

"Enquanto os esforços de combate ao fogo continuam, 36 pessoas foram encontradas mortas até o momento devido ao incêndio de Lahaina, que está ativo", anunciou o governo do condado de Mauí em um comunicado. O balanço anterior citava seis vítimas fatais.

Uma grande operação de busca e resgate está em andamento, com algumas pessoas ainda desaparecidas.

"Mal conseguimos sair a tempo", disse Kamuela Kawaakoa, que fugiu para um abrigo de evacuação na terça-feira com seu parceiro e filho de seis anos, à Associated Press. "Foi tão difícil sentar lá e apenas assistir minha cidade virar cinzas e não poder fazer nada", disse ele. "Eu estava desamparado."

Cinco abrigos de evacuação foram abertos em Maui e as autoridades disseram anteriormente que estavam "invadidos" por pessoas. A ilha é um destino turístico popular e os visitantes foram instados a ficar longe.

"Este não é um lugar seguro para se estar", disse a tenente governadora do Havaí, Sylvia Luke, a repórteres. "Temos recursos que estão sendo taxados."

Segundo a BBC, os bombeiros ainda estão combatendo os incêndios ativos, com helicópteros jogando água sobre as chamas de cima.
 

Moradores entram no mar para se proteger
O Serviço Meteorológico Nacional afirmou que o fenômeno foi “parcialmente responsável” por rajadas de vento de mais de 97 quilômetros por hora, o que prejudicou a atuação de helicópteros dos bombeiros. Alguns moradores chegaram a se jogar no oceano para escapar das chamas, e até mesmo a linha de emergência (911) ficou fora do ar, o que tornou impossível relatar possíveis incidentes.

— As pessoas estão pulando na água para evitar o fogo — disse o major-general do Exército americano, Kenneth Hara, à rede Hawaii News Now. — A Guarda Costeira está dando apoio.

A Guarda Costeira informou que havia resgatado com sucesso 12 pessoas das águas em frente ao litoral de Lahaina e que estava enviando outras embarcações para a ilha de Mauí, onde a situação é especialmente alarmante.

— O 911 está fora de serviço, e a rede de celular também. O serviço telefônico não está funcionando — disse a vice-governadora do Havaí, Sylvia Luke, à CNN na manhã desta quarta-feira. — Nosso sistema hospitalar em Mauí está sobrecarregado com pacientes queimados e pessoas sofrendo com a inalação da fumaça.

As equipes de bombeiros em Mauí atuam contra incêndios concentrados em duas áreas: no popular destino turístico no oeste do local, e em uma região montanhosa no interior. De acordo com a porta-voz do condado de Mauí, Mahina Martin, ainda não se sabe quantos prédios foram atingidos, e os helicópteros não puderam medir o tamanho do fenômeno com precisão.

Além disso, os profissionais encontraram estradas bloqueadas por árvores caídas enquanto trabalhavam nos incêndios do interior. Ao todo, cerca de 14 mil pessoas ficaram sem eletricidade. Para a porta-voz, este é “definitivamente um dos dias mais desafiadores” na ilha, uma vez que há “vários incêndios e múltiplas evacuações em diferentes áreas do distrito”.

— O incêndio pode estar a uma ilha ou mais de distância da sua casa, mas, em um ou dois minutos, pode chegar até ela — afirmou o vice-chefe dos bombeiros Jeffrey Giesea.

Veja também

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
Ucrânia

Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível
Gaza

Hospitais de Gaza em risco por falta de combustível

Newsletter