Sobe para 36 o número de presos por "conspirações" contra Maduro
Dos 22 detidos inicialmente, o número aumentou para "um total de 36 indivíduos
Um total de 36 pessoas foram presas e 22 foram convocadas pela Justiça da Venezuela, suspeitas de estarem envolvidas em cinco supostos planos de conspiração contra o presidente Nicolás Maduro, informou o procurador-geral nesta sexta-feira (26).
A "conspiração contínua", como chamou o procurador-geral, Tarek William Saab, da linha oficialista, foi revelada ao longo de 2023 e no início de 2024, segundo a investigação. O magistrado analisou os detalhes dos planos, que visavam ataques a bases militares para roubar armas e lançar uma campanha de homicídio.
Dos 22 detidos inicialmente, o número aumentou para "um total de 36 indivíduos, entre civis e militares", declarou.
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"Nestas cinco conspirações estão pendentes as detenções de outros 22 envolvidos", acrescentou Saab em discurso no canal estatal.
Desde que estes planos foram divulgados, Maduro e o chefe do Parlamento associaram as supostas conspirações aos líderes da oposição, aos agentes de Inteligência dos Estados Unidos e ao Exército colombiano, todos alvos comuns do governo da Venezuela neste tipo de acusação.
O presidente venezuelano declarou que estes anúncios colocam em risco os acordos políticos para as eleições presidenciais, alcançados no processo de diálogo com a oposição e mediação da Noruega.
"Os acordos de Barbado estão correndo o risco de morrer", disse Maduro na quinta-feira (25). "Declaro-os em terapia intensiva, os apunhalaram, os chutaram. Espero que possamos salvar os acordos de Barbados e promover o diálogo para grandes acordos de consenso nacional (...) sem planos de me assassinar, assassinar uns aos outros ou preencher o país com violência", acrescentou.
Simultaneamente, as Forças Armadas anunciaram a expulsão e rebaixamento de 33 militares, tanto da ativa quanto da reserva.
Saab divulgou vídeos de supostas confissões, incluindo um publicado na segunda-feira com um dos culpados associando a líder da oposição, María Corina Machado, que enfrenta uma inabilitação política com o objetivo de ser candidata presencial.
Seu nome é ocultado por um sinal sonoro, mas é possível lê-lo nos lábios do réu. Outro suspeito, em outro vídeo, liga um dos procurados ao partido Vamos Venezuela, de Machado.