Sobe para seis número de mortos em confrontos em acampamento palestino no Líbano
Os combates no país já duram há cinco dias
Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em confrontos em um acampamento de refugiados palestinos no sul do Líbano, de acordo com um novo balanço anunciado pelos serviços de socorro nesta segunda-feira (11), quinto dia de combates.
Desde a quinta-feira à noite, grupos islâmicos e combatentes do Fatah, principal organização palestina, se enfrentam no acampamento de Ain al-Helweh, nos arredores da cidade costeira de Sidon.
O número de vítimas chegou a pelo menos "seis mortos, um deles na segunda-feira, e mais de 60 feridos", disse Imad Hallak, da seção libanesa do Crescente Vermelho Palestino.
As vítimas incluem combatentes e civis, acrescentou.
Um correspondente da AFP em Sidon informou que os combates com armas automáticas e bombardeios foram retomados após uma noite relativamente calma.
Além disso, o Exército libanês anunciou no domingo que cinco soldados ficaram feridos, um deles em estado grave, quando três projéteis caíram sobre duas das suas posições perto do acampamento.
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Segundo um acordo de longa data, o exército não atua em acampamentos palestinos, onde a segurança é assegurada por facções palestinas.
“Pedimos um cessar-fogo imediato”, exigiu o movimento libanês Hezbollah em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.
Ain al-Helweh é o maior dos 12 acampamentos de refugiados palestinos no Líbano. Lá vivem mais de 54 mil refugiados, mas também islamitas radicais e pessoas procuradas pela Justiça.
O acampamento foi criado para palestinos que foram expulsos ou fugiram durante a guerra de 1948, no momento da criação do Estado de Israel.
A agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, informou no domingo que "centenas de famílias deixaram o acampamento" desde o início dos combates.
O Líbano acolhe cerca de 250 mil refugiados palestinos, segundo a agência da ONU.