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Alemanha

Sobe para seis o número de mortos em atropelamento em massa contra Mercado de Natal na Alemanha

A vítima é uma mulher de 52 anos; segundo o Ministério Público, ela morreu no hospital devido aos ferimentos que sofreu no ataque

Ambulância chega ao mercado de Natal em Magdeburgo, onde um carro investiu contra uma multidão, matando e ferindo pessoas Ambulância chega ao mercado de Natal em Magdeburgo, onde um carro investiu contra uma multidão, matando e ferindo pessoas  - Foto: Doerthe Hein/AFP

Subiu para seis o número de mortos do atropelamento em massa contra um mercado de Natal de Magdeburg, no leste da Alemanha, em dezembro, informou o Ministério Público nesta segunda-feira. Uma mulher de 52 anos morreu no hospital por causa dos ferimentos que sofreu no ataque, indicou o MP da cidade vizinha de Naumburg. Entre os mortos há também uma criança de 9 anos.

Às 19h do horário local (15h em Brasília) do dia 20 de dezembro, um 4x4 BMW preto atropelou pedestres no mercado de Natal de Magdeburg. Um total de 229 pessoas ficaram feridas, segundo os últimos dados das autoridades da região de Saxônia-Anhalt, da qual Magdeburg é capital. O chanceler alemão, Olaf Scholz, visitou o local no dia seguinte, onde um memorial em homenagem às vítimas foi montado.

O suposto autor, um psiquiatra saudita identificado como Taleb al-Abdulmohsen, de 50 anos, foi preso no local do atentado, mas os motivos que o levaram a cometer o ataque seguem sem estar claros. Abdulmohsen, que vivia na Alemanha desde 2006 e tinha o status de refugiado, expressou seu ódio ao islã, seu cansaço contra os serviços alemães de imigração e seu apoio a teorias conspiratórias de extrema direita.

Segundo o promotor responsável pelo caso, Horst Walter Nopens, ele pode ter atuado por "insatisfação" com o tratamento dispensado na Alemanha aos demandantes de asilo de seu país. Na semana passada, a ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, assegurou que o suspeito apresentava transtornos psiquiátricos.

O incidente ocorreu enquanto muitos alemães celebravam o início das festividades natalinas, após um ano marcado por notícias desanimadoras sobre a desaceleração da economia e a queda do governo alemão. Também ocorreu oito anos após um atentado similar em 2016, em Berlim, no qual um extremista islâmico matou 13 pessoas e feriu dezenas com um caminhão em um mercado de Natal. O agressor foi morto na Itália dias depois.

Além disso, o ataque acontece a apenas dois meses das eleições antecipadas na Alemanha, em 23 de fevereiro, reabrindo o debate sobre a segurança e a imigração, após vários ataques mortais a faca no ano passado atribuídos a islamistas extremistas. O partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD), que está em segundo lugar nas pesquisas, disse que a Alemanha "deve fechar as fronteiras".

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