QUALIDADE DO AR

'Sol laranja' impressiona moradores de cidades no RJ; entenda o que provoca o fenômeno

Apesar da beleza, ocorrência indica problemas na qualidade do ar

Foto: reprodução

Algumas cidades dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul registraram um fenômeno meteorológico bonito, mas preocupante: o "sol laranja", resultado do acúmulo de partículas de queimadas, poluição e calor extremo na atmosfera.

Moradores de Valença, no Sul-Fluminense, e da capital do Rio de Janeiro, fizeram fotos do evento e viralizaram nas redes sociais.

Com o aumento das queimadas em áreas florestais e rurais, grandes nuvens de fumaça foram formadas e acabaram combinadas com o calor intenso registrado nos últimos dias.

Todos esses fatores agravaram o fenômeno, o qual é um indicativo de condições atmosféricas adversas à saúde e ao meio ambiente.

Mas como funciona isso?
O bloqueio atmosférico, que prolonga uma onda de calor no país, está diretamente relacionado à qualidade do ar e à coloração peculiar que o céu apresentou nos últimos dias.

De acordo com especialistas da Climatempo, a presença de uma massa de ar seco estabilizada impede a dispersão dos poluentes, que ficam retidos nas camadas mais baixas da atmosfera.

Essas partículas em suspensão intensificam a concentração de poluentes e alteram a tonalidade do céu, especialmente ao entardecer.

Sol laranjaFoto: Benise Barros//cortesia

A poeira e outras partículas no ar atuam como agentes de dispersão da luz, ou seja, favorecem a propagação de tons alaranjados e enfraquecem a luz azul. É isso que explica o "espetáculo de cores" visível em várias partes do Brasil.

Além disso, o fenômeno não se restringe somente ao Sol. A Lua, por sua vez, também tem sua coloração e intensidade de luz afetadas pela situação. Quanto maior a quantidade de partículas poluentes, mais vermelha será a cor do satélite natural, principalmente, quando está próxima do horizonte.

Saiba como se proteger
O tempo seco se tornou um motivo de preocupação em diversas áreas do país, de acordo com a MetSul Meteorologia. Com a diminuição da umidade do ar, consequência do atual cenário, o corpo humano pode sofrer consequências negativas. Por isso, é importante tomar medidas para se proteger.

O clima seco dificulta a respiração de quem tem problemas como bronquite e asma e pode provocar sangramentos de nariz.

No caso do sol forte, a pele é a parte mais sacrificada, e por isso recomenda-se cobrir bem o corpo com roupa. Especialistas recomendam beber bastante água para manter a hidratação, bem como fazer refeições nutritivas para repor minerais perdidos no suor – sem nunca abusar da comida para não ter indisposição.

Além da hidratação e de uma boa alimentação, especialistas também recomendam outros tipos de cuidados, como:

Ambientes fechados devem ser arejados regularmente. Uma alternativa é usar vaporizadores assim como recipientes com água em ambientes mais secos.

Consumir bastante líquido, em especial água.

Evitar a prática de exercícios físicos entre 10 e 16 horas.

Lave tapetes e cortinas com frequências. Aspire e limpe todos os locais que possam acumular poeira.

Lave a suas roupas de inverno antes de vesti-las. Como ficam muito tempo guardadas no armário, elas tendem a ser contaminadas por fungos e mofo.

Colocar uma bacia de água no ambiente para ajudar a evitar o ressecamento da mucosa respiratória, além de aliviar desconfortos em crises alérgicas já manifestadas.

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