Suécia quer permitir que a polícia use tecnologia de reconhecimento facial
O anúncio foi feito após a União Europeia ter adotado em março regras para regular o uso de inteligência artificial (IA)
O governo sueco informou, nesta segunda-feira (3), que quer permitir que as forças policiais utilizem tecnologia de reconhecimento facial em tempo real com câmeras em locais públicos para identificar suspeitos de determinados crimes, por exemplo.
O anúncio foi feito após a União Europeia ter adotado em março regras para regular o uso de inteligência artificial (IA), que proíbem o reconhecimento facial em tempo real em espaços públicos, mas permite algumas restrições para autoridades.
Em dezembro, o governo sueco tentou uma investigação sobre a ampliação dos poderes das forças de segurança para usar câmeras de vigilância, incluindo o uso desta tecnologia de reconhecimento.
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O ministro da Justiça, Gunnar Strommer, declarou em coletiva de imprensa que a consulta, cujas conclusões foram apresentadas ao governo nesta segunda-feira, pretende fornecer a "informação" necessária para avançar "consideravelmente" no uso de câmeras para combater crimes.
“O reconhecimento facial em tempo real em locais públicos deveria ser permitido com a finalidade de combater a criminalidade na medida permitida pelo regulamento da UE sobre a IA”, segundo Kazimir Aberg, que contribuiu a investigação.
As propostas da União Europeia incluem a busca por desaparecidos ou possíveis vítimas do tráfico humano, bem como a prevenção de ameaças iminentes, como um ataque terrorista.
Também permite utilizar uma tecnologia para localizar indivíduos suspeitos de cometerem determinados crimes.
Aberg afirma que a polícia só deveria poder utilizar a tecnologia para crimes com penas de pelo menos quatro anos de prisão, e somente com autorização prévia de uma autoridade judicial, bem como para investigações específicas e não com caráter preventivo.
Strommer declarou que o governo acolheu favoravelmente a proposta e disse acreditar que a investigação abordou minuciosamente o equilíbrio entre as preocupações com a integridade e o combate eficaz ao crime.
O governo determinou a tarefa de finalizar os detalhes do plano, acrescentou, embora não tenha sido proposta nenhuma informação para sua implementação.
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