Sul da Síria tem manifestações antirregime
Devido o aumento vertiginoso dos presos, centenas de sírios foram às ruas em Sweida
Centenas de sírios foram às ruas contra o governo nesta terça-feira (29) em Sweida, no sul do país, em um protesto desencadeado há quase duas semanas por um aumento vertiginoso dos preços, segundo os militantes.
"Viva a Síria, abaixo a Bashar al-Assad", em referência ao presidente sírio, gritaram os manifestantes no centro da cidade de Sweida, balançando a bandeira drusa, como mostram os vídeos publicados pelo meio de comunicação local Suwayda24.
Sob o controle do regime, a província de Sweida, reduto da minoria drusa, cuja cidade homônima é a capital, manteve-se em grande medida à margem do conflito iniciado em 2011 na Síria.
Os drusos representam 3% da população.
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As manifestações em Sweida começaram em 17 de agosto depois de que o governo suspendeu os subsídios ao combustível.
Os manifestantes atacaram símbolos do poder, fecharam os escritórios permanentes do partido Baath e arrancaram retratos de Assad, disseram dois militantes à AFP.
O descontentamento com o alto custo de vida se estendeu, brevemente, para outras cidades do sul, entre elas Daraa, berço do levante popular em 2011, mas somente Sweida segue agitada pelos protestos diários.
Dezenas de milhares de jovens de Sweida têm se negado a cumprir o serviço militar desde 2011, e as forças de segurança contam com uma presença limitada.
Os drusos formaram milícias locais para defender a província. "Apoiamos as justas reivindicações do nosso povo", afirmou à AFP Abu Taymour, porta-voz do Al-Karama, a mais importante das milícias.