Suor é normal, mas atenção ao excesso; saiba como se livrar da hiperidrose
A hiperidrose, como é chamada a transpiração abundante, não causa riscos à saúde, mas pode afetar vida social e profissional
As pessoas costumam suar quando estão se exercitando ou estão nervosas. Também é comum transpirar mais nessa época próxima do verão, já que a temperatura fica mais elevada. Embora seja normal suar, já que é apenas o nosso organismo trabalhando para controlar a temperatura corporal, a sudorese excessiva se torna um problema que pode afetar tanto a vida pessoal quanto a vida profissional.
De acordo com o dermatologista Paulo Guedes, do Hospital Jayme da Fonte, a hiperidrose ocorre por um problema no termorregulador do cérebro, o hipotálamo, órgão do sistema nervoso central que controla a temperatura. "Quem tem hiperidrose vai ter uma transpiração excessiva em situações incomuns, ou seja, ela vai suar mesmo quando estiver parada, calma e até mesmo quando não estiver com calor", pontuou.
(PODCAST) Canal Saúde - Cirurgião torácico Mário Gesteira fala sobre cirurgia do suor ou simpatectomia
O dermatologista explica ainda que o problema pode ser mais generalizado, ou seja, pelo corpo todo, ou focal, que é quando ocorre em partes específicas, como as mãos, os pés, a axila, o rosto, entre outros.
Apesar de não representar um risco para a saúde do organismo em si, o suor excessivo pode interferir na vida pessoal e na vida profissional. "Há casos em que a sudorese em excesso pode ser agravada por fatores emocionais. Quando essa é a situação, o paciente vai precisar de apoio psicoterápico", enfatiza Guedes.
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Diversos tratamentos
O especialista cita ainda que há vários tipos de tratamento, entre os paliativos e os definitivos, mas a escolha depende de alguns fatores. "Vamos avaliar o paciente como um todo, observando a idade, se há outras comorbidades associadas e qual é a origem da hiperidrose. Dependendo da intensidade da sudorese e do grau de insatisfação do paciente, os tratamentos serão definidos.
Médico e cirurgião torácico, Mário Gesteira explica que é possível tratar a hiperidrose com medicamentos, cosméticos e aplicação de botox, mas a solução definitiva é a intervenção cirúrgica. "Muitas pessoas não se acostumam com os cremes, e a aplicação de botox não é tão duradoura. Por isso, a maioria das pessoas recorre à cirurgia", expõe.
Chamada de simpatectomia, o procedimento é minimamente invasivo. “A cirurgia do suor é um processo rápido para o paciente e até 15 dias após o procedimento começa-se a ver o resultado”, esclarece Gesteira.
Tipos de cirurgia
A cirurgia é feita por vídeo com pequenas incisões e existem duas variações: a realizada no tórax, que ajuda a eliminar o suor em excesso do rosto, couro cabeludo, pescoço, mãos, axilas e o odor das axilas; e a feita no abdômen, que é indicada para eliminar o suor das nádegas, virilhas, coxas, pés e também para retirar o mau cheiro dos pés. O procedimento pode ser feito em qualquer idade, porém, é aconselhada depois dos 14 anos, tanto em mulheres como homens.
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