DESAPARECIMENTO

Quem é Hannah Lynch, única vítima de naufrágio de superiate na Itália ainda não encontrada

Aos 18 anos, Hannah estava com o pai, o bilionário Mike Lynch

Buscas seguem nesta quinta-feira (22)Buscas seguem nesta quinta-feira (22) - Foto: Alberto Pizzoli/AFP

Apenas uma pessoa continua desaparecidas após o naufrágio do iate de luxo Bayesian que ocorreu na madrugada desta segunda-feira, na costa da Sicília, na Itália. A embarcação foi atingida por uma tromba d'água repentina e não conseguiu manter estabilidade. Ela é Hannah Lynch, filha do bilionário Mike Lynch. Hannah tem 18 anos e acompanhava o pai na viagem.

Um dos fundadores da HP Autonomy, empresa de software empresarial, Lynch foi absolvido em junho de um grande julgamento de fraude nos Estados Unidos. A esposa dele, Angela Bacares, e outras 14 pessoas foram resgatadas com vida.

Hannah pretendia estudar inglês na Universidade de Oxford, informou reportagem do The Times. Considerada uma aluna talentosa, ganhou um prêmio de inglês na Latymer Upper School, prestigiada escola onde ela foi aluna e onde todos se disseram "incrivelmente chocados" com a tragédia.

Amigos de Hannah a descrevem como uma jovem jovem gentil, amável e inteligente, além de uma feminista convicta, ainda de acordo com o The Times.

Um porta-voz da escola disse, ainda durante as buscas dos corpos:

“Estamos todos incrivelmente chocados com a notícia de que Hannah e seu pai estão entre os desaparecidos neste trágico incidente e nossos pensamentos estão com sua família e todos os envolvidos enquanto aguardamos novas atualizações.”

Com fortuna avaliada em US$ 650 milhões (R$ 3,5 milhões), nos últimos anos o empresário foi notícia principalmente pelo processo judicial em um caso relacionado à venda da Autonomy para o grupo americano HP por US$ 11 bilhões (R$ 59,4 bilhões) em 2011.

O presidente do Conselho de Administração da Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa também seguem desaparecidos, informou na terça-feira a seguradora britânica Hiscox.

Saiba como era o superiate de luxo que afundou
O barco, um veleiro de luxo, com bandeira do Reino Unido, tinha 22 pessoas a bordo. Batizado de Bayesian, o iate, que havia partido de Roterdã e feito um cruzeiro pelas águas do Mediterrâneo, entrando pelo estreito de Gibraltar, estava ancorado em frente ao porto de Porticello, no golfo da cidade de Palermo.

Passaria a noite lá, após navegar durante o dia ao largo das costas de Cefalù. O plano de seguir rumo às magníficas ilhas Eólias, no dia seguinte, foi interrompido por uma forte tempestade, que provocou a tragédia.

Segundo sobreviventes, o grupo foi convidado pelo magnata britânico da tecnologia Mike Lynch, dono da embarcação, saiu de Londres para fazer a travessia de barco na Sicília. Todos eram colegas e colaboradores da empresa de Lynch.

A embarcação, que levava a bordo 10 tripulantes e 12 passageiros de nacionalidades britânica, americana e canadense, era conhecido por ter um dos maiores mastros do mundo, feito de alumínio e com 75 metros de altura, o superiate era oferecido para aluguel em seu site por até R$ 1,1 milhão por semana.

Construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, o barco podia acomodar 12 passageiros em quatro cabines duplas, uma tripla e uma suíte, além de acomodações para a tripulação.

As equipes de mergulhadores são compostas por duplas, que podem permanecer debaixo d’água por no máximo 12 minutos, sendo que dois são usados para descer e subir. Portanto, o tempo útil de buscas é de apenas 10 minutos na embarcação.

— Não excluímos que eles não estejam dentro do barco, mas sabemos que o barco afundou rapidamente. Supomos que as seis pessoas desaparecidas podem não ter tido tempo de sair. — disse Vicenzo Zagarola ao Guardian. Questionado se há chance de eles estarem vivos, ele respondeu: “Nunca diga nunca, mas a resposta razoável seria não”

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