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OLHA A LUA

Superlua de esturjão ilumina o céu de Pernambuco nesta terça (1º); entenda o fenômeno

Fenômeno será visível em grande parte do Brasil. Em Olinda, haverá visualização no Observatório da Sé

Fenômeno da 'superlua'Fenômeno da 'superlua' - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O céu do Recife e de boa parte do Brasil será iluminado nesta terça-feira (1º) pela primeira superlua do ano, chamada de superlua de esturjão. A outra superlua de 2023 será em 30 de agosto e receberá o nome de superlua azul, por ser a segunda do mês. Para observar o fenômeno, não é necessário nenhum equipamento especial, basta olhar para o céu.

Cleiton Batista, do Núcleo de Educação do Espaço Ciência, explica que a lua atingirá o perigeu pouco antes de nascer — no Recife, a saída da lua será às 17h23. Quem estiver perto da praia nesse horário, inclusive, poderá ter uma perspectiva de que a lua esteja ainda maior e mais brilhante, já que estará surgindo no horizonte.

"[A superlua] vai ter uma boa visibilidade em toda a Região Metropolitana do Recife desde que as condições meteorológicas estejam favoráveis para a observação. É torcer para que o céu não fique nublado e com aspecto chuvoso do final da tarde para a noite", detalha. 

O fenômeno, que deixa o satélite natural maior e mais brilhante, ocorre porque a lua está no perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra, menor do que 360 mil quilômetros. Quando há o perigeu, a lua fica 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu, quando está mais distante. Em média, a distância entre a Terra e a Lua é de cerca de 382,9 mil quilômetros.

Cleiton fala ainda que a superlua ocorre quando o satélite também está na fase cheia, como é o caso desta terça-feira. "Quando temos esses dois parâmetros coincidindo no mesmo dia chamamos de superlua. É um termo popular que ganhou bastante notoriedade. Na astronomia, chamamos de 'lua cheia de perigeu'", completa Cleiton Batista.

Para esta terça-feira, o Observatório da Sé, em Olinda, terá equipe de monitores para quem visitar o local. "Estaremos com telescópios apontados para a lua para observar com melhores detalhes, dá para ver bem de perto. Quem quiser pode usar o próprio celular para tirar fotos da lua", acrescenta.

O observatório funciona de terça-feira a domingo, das 16h às 20h, e planeja uma programação especial com projeções na área externa e luau para a superlua de 30 de agosto.

A superlua é chamada de superlua de esturjão em referência a um peixe, que nessa época do ano é encontrado em grande quantidade nos Grandes Lagos da América do Norte, um conjunto imenso de lagos de água doce entre o Canadá e os Estados Unidos.

De acordo com o Observatório Nacional, os termos "lua azul" e “superlua” não são definições científicas. O termo "superlua" foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Não está claro por que ele escolheu o corte de 90% em sua definição.

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