Logo Folha de Pernambuco
poluição

Suprema Corte dos EUA bloqueia temporariamente plano sobre contaminação do ar

EPA afirma que seu plano reduziria cerca de 70.000 toneladas de poluição por óxidos de nitrogênio em 2026

Prédio da Suprema Corte dos EUA, em Washington Prédio da Suprema Corte dos EUA, em Washington  - Foto: Mandel Ngan / AFP

A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou temporariamente nesta quinta-feira (27) a implementação de uma medida da Agência de Proteção Ambiental (EPA) destinada a reduzir a poluição do ar, que atravessa fronteiras estaduais a partir de instalações como usinas elétricas.

O plano do "bom vizinho" não entraria em vigor até 2026, mas uma série de estados e empresas solicitaram o bloqueio imediato enquanto o litígio contra a medida prossegue em um tribunal inferior. Esta solicitação foi concedida pela Suprema Corte, que possui maioria conservadora, em uma decisão de 5 votos a 4.

"A aplicação da norma da EPA contra os requerentes será suspensa até que os pedidos de revisão dos requerentes sejam resolvidos no Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito DC", ordenou a Suprema Corte.
 

A EPA afirma que seu plano reduziria cerca de 70.000 toneladas de poluição por óxidos de nitrogênio em 2026, evitaria aproximadamente 1.300 mortes prematuras, preveniria mais de 2.300 consultas hospitalares e reduziria dezenas de milhares de dias de ausência escolar e de trabalho perdidos.

"A redução do smog (poluição) também traz benefícios econômicos. Os ganhos líquidos anuais estimados, após considerar os custos, seriam de 13 bilhões de dólares (R$ 7,8 bilhões) por ano durante o período de 2023 a 2042", observa a EPA.

Contudo, aqueles que se opõem ao plano argumentam que é ilegal e afirmam que sua implementação custaria centenas de milhões, senão bilhões de dólares, enquanto o litígio prossegue, e pediram à corte que o bloqueasse.

Esta é a terceira vez nos últimos anos que a corte freia os poderes da EPA, após ter limitado, em 2023, a autoridade da agência para regular os pântanos e os gases de efeito estufa em 2022.

Veja também

Newsletter