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Coronavírus

Surto de Covid-19 em convento mata cinco freiras em seis dias no Paraná

Irmãs que faleceram tinham a partir de 78 anos e possuíam comorbidades

Prédio da Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, em Curitiba, no ParanáPrédio da Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, em Curitiba, no Paraná - Foto: Reprodução/GoogleMaps

Em seis dias, seis freiras que moravam em um convento em Curitiba, no Paraná, morreram - cinco delas após enfrentarem complicações da Covid-19.

O surto da doença começou há pouco mais de 15 dias e atingiu 29 do total de 51 freiras que vivem na Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, no centro da capital paranaense.

A sequência de óbitos por Covid-19 começou no último sábado (28), com a morte da irmã Helena Glovacki, de 95 anos. No domingo (29), morreu a irmã Elizabeth Tartas, de 94 anos.

No dia seguinte, veio a perda da irmã Marieta Bet, de 88, e, terça (31), da irmã Sofia Culaves, de 78. A última morte pela doença ocorreu nesta quinta-feira (2), da irmã Stella Albina Franzoi, aos 87.

Já a irmã Maria Catarina da Silva, 70, morreu na quarta-feira (1º), após permanecer 47 dias na UTI com complicações de um tumor de hipófise, segundo informou a congregação.

Outras cinco freiras atingidas pela Covid-19 tiveram que ser internadas, mas somente duas permanecem no hospital. Uma delas, de 83 anos, está na UTI e outra, de 97, deve ter alta nos próximos dias, de acordo com a madre Maria Madalena Ryndack, responsável pelo convento.

Ryndack diz não saber como o surto de Covid-19 atingiu o local, já que, segundo ela, todas as freiras seguiam cumprindo medidas sanitárias para evitar a propagação do vírus. 

Segundo a madre, apenas algumas das religiosas mais jovens não foram vacinadas contra a doença porque ainda não foram convocadas ou foram contaminadas e seguem cumprindo o isolamento.

"Desde o ano passado, estamos muito protegidas. Pouquíssimas irmãs mais novas saem para fazer as compras e conseguimos ficar esse tempo todo muito bem preservadas", afirma.

A madre ressalta que todas as freiras que morreram de Covid-19 já tinham a saúde debilitada ou comorbidades e que a vacinação garantiu que tantas outras não desenvolvessem complicações.

"Temos idosas de mais de 90 anos que estão em fase de melhora. Com certeza, a vacina ajudou muito para que o quadro não fosse ainda pior", disse.

Ela contou que o surto no convento fez surgir uma corrente de ajuda de fiéis, amigos e parentes, que auxiliaram as freiras em diversas tarefas enquanto elas precisavam ficar isoladas.

"Estamos agora experimentando um luto. Ao mesmo tempo que é uma coisa triste, acreditamos que a missão delas se encerrou. Dói saber que foi a Covid que as levou, mas acreditamos que Deus vai nos fazer tirar alguma coisa boa de tudo isso."

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