Suspeito de ataque a deputado britânico é acusado de homicídio e planejar atos terroristas
O britânico, de 25 anos, deve comparecer hoje perante um juiz de Londres
O suspeito detido na última sexta-feira (15) após a morte do deputado conservador britânico David Amess, esfaqueado durante um encontro com eleitores, foi acusado de assassinato e de planejamento de atos terroristas - informaram a polícia e promotores nesta quinta (21).
O britânico de origem somali Ali Harbi Ali, de 25 anos, deve comparecer hoje perante um juiz de Londres, afirmou a Scotland Yard, observando que eles não buscam nenhuma outra pessoa em relação a este ataque.
"Defenderemos no tribunal que esse assassinato tem uma conexão terrorista, ou seja, que teve motivações tanto religiosas quanto ideológicas", disse o chefe da divisão antiterrorista da Promotoria, Nick Price.
Leia também
• Sob emoção, Parlamento britânico homenageia deputado assassinado
• Deputado britânico foi morto a facadas em ato terrorista, informa polícia
• Morre deputado britânico que foi esfaqueado nesta sexta feira (15)
Ali "também foi acusado de preparar atos terroristas, depois de revisar as evidências reunidas pela Polícia Metropolitana em sua investigação", acrescentou.
Anteriormente, a polícia havia mencionado "uma motivação potencialmente ligada ao extremismo islâmico".
Este parlamentar conservador de 69 anos e pai de cinco filhos foi esfaqueado na sexta-feira, enquanto se reunia com seus eleitores em uma igreja metodista em Leigh-on-Sea.
O jovem foi preso no local. Segundo a imprensa britânica, ele havia seguido um programa contra a radicalização.
O ataque chocou o Reino Unido, ainda marcado pelas lembranças do assassinato da deputada trabalhista pró-europeia Jo Cox, em junho de 2016. Ela foi morta por um adepto da extrema direita uma semana antes do referendo sobre o Brexit.