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Taiwan prevê maior pressão diplomática da China após reeleição de Xi

Pequim intensificou a pressão militar, diplomática e econômica sobre Taipei desde a eleição de 2016 da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen

Presidente da China, Xi Jinping, em visita a Hong KongPresidente da China, Xi Jinping, em visita a Hong Kong - Foto: Selim Chtayti / POOL / AFP

O ministro das Relações Exteriores de Taiwan estimou nesta quarta-feira (26) que após a reeleição do presidente Xi Jinping na semana passada, a China redobrará seus esforços para seduzir os países aliados de Taiwan.

"É possível que nossa situação diplomática piore", disse Joseph Wu ao parlamento de Taiwan.

A China, que considera Taiwan como parte de seu território, visa assumir seu controle, mesmo que pela força, se necessário, e há décadas incentiva os aliados da ilha a romper relações diplomáticas com Taipei em favor de Pequim.

O chanceler de Taiwan acredita que a pressão chinesa se intensificará nos 14 países que ainda mantêm relações diplomáticas com Taipei, já que as autoridades chinesas vão querer "mostrar sua lealdade" a Xi.

"Recebemos informações da inteligência nos alertando (...) Esperamos que nossas relações diplomáticas não sejam influenciadas pela China", disse Wu.

"Todas as nossas embaixadas e missões estão em alerta máximo (...) Vamos verificar as informações e tomar medidas para consolidar as relações diplomáticas", acrescentou.

Pequim intensificou a pressão militar, diplomática e econômica sobre Taipei desde a eleição de 2016 da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen.

Tsai fez, nesta quarta, seus primeiros comentários públicos sobre o Congresso do Partido Comunista da China, que terminou no fim de semana, pedindo unidade diante da "disseminação do autoritarismo chinês".

"Quanto mais preparados estivermos, menor será a chance de Pequim avançar; quanto mais unidos estivermos, mais forte e segura será Taiwan", disse em uma reunião de seu partido.

As tensões entre Taiwan e a China atingiram seu nível mais alto em anos em agosto, depois que Pequim realizou exercícios militares sem precedentes para protestar contra uma visita à ilha da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Pequim critica qualquer ação diplomática que possa dar legitimidade internacional a Taiwan e responde com crescente raiva às visitas de políticos ocidentais.

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