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Taiwan detecta 66 aviões chineses perto da ilha, um recorde em 2024

Recorde anterior neste ano datava de maio, quando Pequim enviou 62 aviões e 27 barcos durante manobras militares em Taiwan, após a posse do novo presidente

Presidente de Taiwan, Lai Ching-tePresidente de Taiwan, Lai Ching-te - Foto: Sam Yeh/AFP

O Ministério da Defesa de Taiwan disse nesta quinta-feira (11) que seus sistemas detectaram 66 aviões militares chineses ao redor da ilha em uma janela de 24 horas, um recorde no ano.

Pequim afirma que a ilha de governo democrático é parte de seu território e garante que nunca renunciará ao uso da força para tomar seu controle.

O registro acontece um dia depois que as autoridades de Taiwan e do Japão relataram exercícios militares chineses em águas próximas.

Segundo o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, 66 aviões e sete navios militares chineses foram enviados ao redor de seu território em 24 horas até a manhã desta quinta-feira.

No total, 56 aviões chineses atravessaram a linha média, a um estreito de 180 milhas que os separava da ilha de Taiwan da China.

Uma ilustração publicada pelo governo chinês mostra que algumas aeronaves se aproximaram a menos de 33 milhas náuticas (61 quilômetros) do extremo sul de Taiwan.

O recorde anterior neste ano datava de maio, quando Pequim enviou 62 aviões e 27 barcos durante manobras militares após a posse do novo presidente taiwanês, Lai Ching-te, considerado pela China como "um perigoso separatista".

Para o analista militar Su Tzu-yun, a nova demonstração de força da China é uma reação aos recentes pensamentos políticos, incluindo a reunião do novo embaixador de fato dos Estados Unidos em Taiwan com Lai, que expressou apoio a Taipé durante um encontro na quarta-feira.

"Pequim pressiona Taiwan para expressar seu descontentamento com o apoio de que goza", escreveu Su, do Instituto de Pesquisa sobre Defesa e Segurança Nacional de Taiwan.

O porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, reiterou nesta quinta-feira que "Taiwan é uma parte inalienável do território da China".

"A determinação e a resolução do povo chinês de salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial são inabaláveis", afirmou.

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