São Paulo

Tarcísio se distancia do bolsonarismo e dá aval a medicamentos à base de cannabis no SUS

O custo médio para quem compra do próprio bolso é de R$ 1,5 mil, a depender da dosagem indicada para o paciente

Cannabis Cannabis  - Foto: Divulgação/Polícia Federal

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sanciona na tarde desta terça-feira (30) o projeto de lei que garante o fornecimento de medicamentos à base de cannabis pelo SUS de São Paulo. Como mostrou o Globo, o projeto era o primeiro teste do "bolsonarismo" de Tarcísio.

A proposta, de autoria do deputado Caio França (PSB), foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 21 de dezembro do ano passado sob a oposição da bancada evangélica e dos principais deputados bolsonaristas da Casa, como Gil Diniz (PL) e Douglas Garcia (Republicanos).

Embora boa parte de sua base seja contrária ao fornecimento desses medicamentos no SUS, Tarcísio disse a aliados que não se trata de uma pauta ideológica, e sim de saúde pública, visto que a medida deve beneficiar pessoas com síndromes raras, Parkinson, epilepsia e Alzheimer.

Os medicamentos à base de cannabis têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas só são fornecidos pelo poder público mediante decisão judicial. O custo médio para quem compra do próprio bolso é de R$ 1,5 mil, a depender da dosagem indicada para o paciente.

O projeto de Caio França institui a "política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabinol, em caráter de excepcionalidade pelo Poder Executivo nas unidades de saúde pública estadual e privada conveniada ao SUS".

"A sanção do PL da cannabis medicinal é a prova que persistir vale a pena! Teve um período que parecia que o projeto nem ia passar pelas Comissões da Alesp e agora estou ajudando a organizar a solenidade da sanção", escreveu Caio França no Twitter. Tarcísio vai sancionar o PL às 18h desta terça, no Palácio dos Bandeirantes.

Agora, a Secretaria de Estado da Saúde deverá, no prazo de 30 dias a contar da publicação da lei, criar uma comissão de trabalho para implantar as diretrizes da política no estado, com participação de técnicos e representantes de associações sem fins lucrativos de apoio e pesquisa à cannabis e de associações representativas de pacientes.

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