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MEIO AMBIENTE

Tartarugas e peixes com deformidades no ES têm relação com tragédia de Mariana (MG), diz estudo

Relatório do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática registrou aumento de metais que integram o topo da cadeia alimentar

Caso Samarco: tragédia em Mariana (MG)Caso Samarco: tragédia em Mariana (MG) - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Tartarugas, toninhas e peixes pequenos com lesões e deformidades foram encontrados na parte do rio Doce que pertence ao Espírito Santo.

Um estudo, realizado por pesquisadores do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática (PMBA), aponta que essas alterações podem estar relacionadas aos impactos da tragédia ambiental de Mariana, em Minas Gerais.

A possibilidade, levantada pelos estudiosos do PMBA, é a de que o acúmulo de metais em organismos que ocupam o topo da cadeia alimentar tenha relação com o rompimento da barragem de Fundão, há nove anos.

Dados do Ministério Público do estado calculam que a ruptura da estrutura despejou, aproximadamente, 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos.

A estrutura da barragem pertencia à mineradora Samarco e era controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton.

O relatório do PMBA conclui que a ligação entre a concentração de metal nesses animais com o ocorrido em Fundão foi gerada graças à comparação de dados atuais com as estatísticas coletados antes de 2015.

A pesquisa é parte de um acordo de cooperação técnico-científica entre a Fundação Espírito Santense de Tecnologia (Fest) e a Fundação Renova, organização autônoma responsável por restaurar e reconstruir áreas atingidas pelo desastre.

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