ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Técnicos suíços deverão vir ao Brasil para fazer avaliação em relógio de Dom João VI

Governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça

Relógio destruido em atos golpsitas de 8 de janeiro em BrasíliaRelógio destruido em atos golpsitas de 8 de janeiro em Brasília - Foto: Reprodução

Um grupo de especialistas da Suíça deverá vir ao Brasil nas próximas semanas para fazer uma avaliação técnica do relógio de Balthazar Martinot, dado a Dom João VI pela Corte francesa e destruído durante a invasão ao Palácio do Planalto nos ataques golpistas do dia 8 de janeiro. O governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça, como revelou O Globo.

A embaixada apresentou oficialmente ao Planalto, ao Ministério da Cultura e ao Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) uma iniciativa para firmar uma parceria. Caso seja firmada, o governo poderá contar com a contribuição de um produtor suíço de relógios com longa tradição, além de artesões e especialistas no assunto que atuam naquele país.

Os detalhes do acordo, no entanto, ainda estão sendo definidos. O relógio chegou a ser citado como as peças que teriam maior dificuldade de restauração devido à dimensão dos estragos.

O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, afirmou ao Globo que devido à técnica utilizada por Martinot para confecção do relógio, é necessário que haja uma equipe altamente especializada para reconstituí-lo.

Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram que a peça foi destruída por um homem vestindo uma camisa preta com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após derrubar o relógio no chão, ele ainda atira o armário sobre qual ele estava apoiado em cima, ampliando o dano.

— Estamos pensando em fazer um ateliê de restauro no próprio Palácio. Então, as obras não sairiam daqui para lugar nenhum e os técnicos viriam restaurá-las aqui. A gente pensaria também numa proposta de educação patrimonial, ou seja, não só a execução do restauro de todas as obras aqui podendo ser acompanhada, inclusive pela população em uma visita, como também a capacidade técnica dos técnicos suíços sendo repassada aos técnicos brasileiros — afirmou o diretor.

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