'Tem mais gente envolvida na morte do Moïse', diz congolês irmão da vítima
Na tarde desta terça, a família de Moïse foi recebida pela secretária de Assistência Social, Laura Carneiro. A Prefeitura do Rio quer dar assistência para a família de refugiados
No início da noite desta terça-feira, Djodjo Baraka, o irmão do congolês Moïse Kabamgabe, recebeu a notícia de que três dos suspeitos pela morte brutal do jovem de 24 anos estão presos. Eles foram identiciados através das imagens câmera de segurança, que registrou as agressões feitas em frente ao quiosque Tropicália, na Barra. Reunido com a família, ele espera que as investigações avancem o quanto antes.
"Três pessoas foram presas, mas tem mais gente envolvida na morte do meu irmão. Eram cinco pessoas no vídeo", diz Djodjo, que ficará em vigília com a família até que todos os envolvidos sejam identificados. "Não conheço as pessoas que aparecem no vídeo, mas as imagens dizem tudo. A gente quer que as outras duas pessoas também sejam presas."
O primeiro homem se entregou nesta terça-feira à Polícia Civil. O segundo detido trabalha vendendo caipirinha na praia da Barra da Tijuca e confessou o crime informalmente no momento da prisão: "fiz uma besteira", disse o homem aos agentes.
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Ele foi encontrado na favela Três Pontes Paciência, bairro da Zona Oeste do Rio, escondido em casa de parentes. A região é controlada por milicianos. O terceiro homem ainda não foi identificado pela polícia.
Na tarde desta terça, a família de Moïse foi recebida pela secretária de Assistência Social, Laura Carneiro. A Prefeitura do Rio quer dar assistência para a família de refugiados.
As imagens mostram ainda que, cerca de dez minutos depois, os agressores chegaram a amarrar as mãos e os pés de Moïse com um fio. Aproximadamente 20 minutos mais tarde, uma mulher se junta ao grupo e dois homens tentam fazer a reanimação do emigrante, com massagens cardíacas. A vítima morava no Brasil desde 2011, quando fugiu de conflitos armados na República Democrática do Congo.